quarta-feira, março 22, 2023

Ataques no Rio Grande do Norte chegam a 300 em oito dias, diz governo

Chegou a 300 o número de ataques criminosos registrados no Rio Grande do Norte ao longo de oito dias, entre o dia 14 de março e esta terça-feira (21). Os dados foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do RN na manhã desta quarta-feira (22).


Caminhão é incendiado na Grande Natal, nesta terça-feira (21) — Foto: Cedida


Ao menos oito casos foram registrados pelas autoridades ao longo da terça (21). São ataques a prédios públicos, comércios e veículos, comandados por uma facção criminosa, segundo a polícia. O governo admite que os números ainda podem mudar a depender das investigações.


Segundo os dados do governo, o número de ataques diminuiu dia após dia entre 14 de março, quando foram registradas 105 ocorrências, e o último domingo (19), quando aconteceram 7 ataques.


Porém, na segunda-feira (20), houve aumento de pelo menos um caso em relação ao dia anterior, totalizando oito ataques. O mesmo número foi registrado na terça (21).


Levantamento do g1 aponta que 56 cidades potiguares tiveram pelo menos um ataque desde o início das ações criminosas.


Segundo a polícia, 168 suspeitos foram presos desde o início dos ataques. Além disso, 42 armas de fogo, 139 artefatos explosivos, 31 galões de combustíveis, 14 motos e 2 carros foram apreendidos.


Uma operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (22) prendeu 13 suspeitos de integrarem a facção Sindicato do Crime, apontada como responsável pelos ataques.


Nono dia de ataques


Um ônibus e um carro de passeio foram incendiados na madrugada desta quarta-feira (22), nono dia de ataques criminosos orquestrados por uma facção criminosa no Rio Grande do Norte. O caso aconteceu em Canguaretama, distante 70km de Natal. A noite também teve ataques na capital, além de cidades da região metropolitana e do interior do estado.


Os veículos queimados em Canguaretama estavam em uma garagem particular e eram utilizados para fazer o transporte da população da zona rural ao centro da cidade. Várias explosões foram ouvidas na região.


Segundo a polícia, o Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas um caminhão pipa de uma fábrica localizada perto de onde aconteceu o incêndio foi usado pela população para apagar as chamas. Não há informações sobre feridos.


Outro caso na madrugada ocorreu por volta da meia-noite em Caraúbas, no Oeste potiguar. Segundo a Polícia Militar, criminosos tentaram incendiar a Unidade Básica de Saúde Sebastião Ferreira de Oliveira, no bairro Alto São Severino. Os policiais que atenderam à ocorrência acreditam que o fogo não se propagou por causa da chuva e do solo úmido no local.


Vidraça da Câmara Municipal de Areia Branca atingida por tiros durante a noite — Foto: Cedida


Em Areia Branca, no Oeste potiguar, criminosos atiraram contra o prédio da Câmara Municipal. O crime foi registrado por volta das 23h30 de terça (21). Segundo a Polícia Militar, foram escutados 6 disparos de arma de fogo. Pelo menos três tiros atingiram a vidraça da porta do prédio.



Em Parnamirim, na região metropolitana, criminosos abordaram um ônibus de transporte alternativo, durante a noite, mandaram motorista e cerca de 30 passageiros descerem e incendiaram o veículo no bairro Rosa dos Ventos. O incêndio deixou casas da rua sem energia elétrica.


Ônibus incendiado em Parnamirim, na Grande Natal, durante a noite de terça-feira (21) — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi


Em Natal, uma van de transporte escolar foi incendiada no bairro Felipe Camarão, na Zona Oeste, também durante a noite. Antes do ataques, moradores da região ouviram barulho de tiros.


Além da motorista, o veículo estava ocupado por alunos do bairro que voltavam de uma escola. Eles foram abordados pelos bandidos e tirados do carro, antes do incêndio criminoso. Livros usados pelos estudantes foram queimados.


O fogo também danificou o relógio de abastecimento de água de uma casa localizada em frente ao local do incêndio.


Van de transporte escolar foi queimada no bairro Felipe Camarão, em Natal — Foto: Redes sociais


Fonte: g1

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