quinta-feira, fevereiro 02, 2023

'Genocídio' contra povo Yanomami exige medidas 'mais drásticas', diz Lula em mensagem ao Congresso


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em mensagem ao Congresso Nacional lida nesta quinta-feira (2), que o "genocídio" contra o povo Yanomami exige medidas "mais drásticas" por parte do governo e do Congresso.


A mensagem de Lula foi lida pelo deputado Luciano Bivar (União Brasil-PE), primeiro-secretário da Câmara, na abertura dos trabalhos do Congresso.


"O genocídio cometido contra o povo Yanomami exige de nós medidas mais drásticas, além do tratamento médico de urgência, o de combate à desnutrição. É urgente a retirada de 20 mil garimpeiros que atuam de forma ilegal no território indígena, assassinando crianças, destruindo florestas e envenenando rios e peixes com mercúrio", afirmou Lula na mensagem.

O povo Yanomami enfrenta uma crise de saúde pública, com inúmeros casos de malária e grave desnutrição. Recentemente, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou o envio de recursos do Fundo Amazônia para ajudar os indígenas.


Ainda na mensagem ao Congresso, Lula disse ser necessário adotar medidas para que as situações que levaram os indígenas a serem "abandonados pelo governo anterior" não se repitam "nunca mais".


Em uma visita ao local no mês passado, Lula disse ter visto uma situação "desumana", acrescentando que, se alguém dissesse a ele como o povo Yanomami está atualmente, ele não acreditaria.


Proteção do meio ambiente

Lula também dedicou parte da mensagem para dizer que quer tornar o Brasil uma "potência ambiental" cujo setor agropecuário e cuja mineração sejam sustentáveis, tendo a indústria "mais verde" e estimulando a chamada bioeconomia.


"Restituímos as políticas de combate ao desmatamento. Reativamos o Fundo Amazônia e revimos a destinação de multas ambientais, porque é urgente retomar uma política responsável em relação à nossa biodiversidade", afirmou o presidente da República.


Defesa da democracia

Lula também mencionou os atos golpistas de 8 de janeiro, afirmando que Câmara e Senado atuaram contra a "tentativa de golpe".


"O Senado Federal e a Câmara dos Deputados se levantaram contra a barbárie cometida pela tentativa de golpe. [...] E deram um claro recado: juntos, os três poderes da República [...] não permitirão que se trilhe no Brasil qualquer caminho que não seja da democracia e o da Constituição", afirmou Lula.

"Da minha parte, reafirmo o compromisso de defender, de fortalecer nossa democracia, respondendo ao terror e à violência com a lei e suas consequências. Reitero minha convicção de que o povo brasileiro rejeita a violência. Ele quer paz para estudar, trabalhar, cuidar da família", declarou o presidente.


Fonte: g1

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