segunda-feira, janeiro 09, 2023

Estado e instituições saberão dar 'resposta à altura da gravidade dos crimes cometidos', diz Mauro Vieira

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse nesta segunda-feira (9) que o estado brasileiro e as instituições “saberão das uma resposta à altura da gravidade dos crimes cometidos” na Esplanada neste domingo (8).


Ministro Mauro Vieira e representantes do governo do Japão em cerimônia no Itamaraty — Foto: Beatriz Borges/g1


Uma minoria radical de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiu e vandalizou o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).


Após o ato, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, decretou intervenção federal na área de Segurança Pública do Distrito Federal para manter a ordem pública.


“Hoje é um dia que exige de todos os democratas clareza e determinação na defesa do país democrático que soubemos construir. O estado brasileiro e suas instituições saberão dar uma resposta à altura da gravidade dos crimes cometidos”, disse Vieira.


O ministro afirmou também que o “patrimônio de paz e avanço da sociedade brasileira” foi “defendido com pleno apoio da comunidade internacional que foi contundente na condenação ao atos golpistas de 8 de janeiro de 2023”.


O MRE disse ainda que a “melhor maneira do Itamaraty contribuir para a superação deste momento” é mantendo o trabalho e reconstruindo pontes com o mundo.


“Manter o trabalho e a reconstrução de pontes com o mundo, missão que nos foi dada pelo presidente Lula, é a melhor maneira do Itamaraty contribuir para a superação deste momento para todos os democratas do Brasil e do mundo”, afirmou.



Em nota emitida nesta segunda-feira (9), o Ministério das Relações Exteriores disse que “tem sido unânime e contundente o repúdio de países e organismos internacionais aos atos de terrorismo e vandalismo que chocaram o Brasil e o mundo” (veja íntegra abaixo).


O MRE também agradeceu “as inúmeras manifestações de apoio e solidariedade da comunidade internacional” e disse que “o Estado brasileiro e suas instituições democráticas saberão, mais uma vez, dar respostas à altura da gravidade dos crimes cometidos”.


A pasta afirmou que “o Governo brasileiro e o Itamaraty seguirão, com determinação, defendendo e atuando de acordo com os preceitos da Constituição de 1988”.


O MRE afirmou também que a posse do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no dia primeiro de janeiro, foi uma “festa democrática que contou com a presença expressiva de mais de 60 delegações internacionais de alto nível” e “representou um reconhecimento à solidez das instituições democráticas brasileiras”.


Agenda mantida

Apesar da depredação registrada na Praça dos Três Poderes, o Itamaraty manteve a agenda oficial prevista para o ministro Mauro Vieira nesta segunda.


Pela manhã, o chanceler se reuniu o ministro de negócios estrangeiros do Japão, Hayashi Yoshimasa.


Brasil e Japão assinaram um Ajuste Complementar ao Acordo Básico de Cooperação Técnica Brasil-Japão sobre Projeto de Aprimoramento da Rede de Monitoramento Genômico para Covid-19.


Íntegra da nota

O Ministério das Relações Exteriores agradece e registra as inúmeras manifestações de apoio e solidariedade da comunidade internacional, pelos mais diversos canais, diante da violência golpista registrada no dia de ontem (8/1) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.


A posse do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma festa democrática que contou com a presença expressiva de mais de 60 delegações internacionais de alto nível, representou um reconhecimento à solidez das instituições democráticas brasileiras. No mesmo sentido, desde ontem tem sido unânime e contundente o repúdio de países e organismos internacionais aos atos de terrorismo e vandalismo que chocaram o Brasil e o mundo.


O Estado brasileiro e suas instituições democráticas saberão, mais uma vez, dar respostas à altura da gravidade dos crimes cometidos. O Governo brasileiro e o Itamaraty seguirão, com determinação, defendendo e atuando de acordo com os preceitos da Constituição de 1988, sob a qual o País registra o mais longo período de convivência democrática em sua história republicana.


Fonte: g1

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