Deputados e senadores começaram a articular nesta segunda-feira (9) a criação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) para investigar os atos terroristas praticados por vândalos bolsonaristas radicais em Brasília.
Neste domingo (8), os terroristas invadiram os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) e destruíram diversas obras de arte, inúmeros móveis e equipamentos.
Para uma CPI ser criada no Senado são necessárias as assinaturas de 27 senadores. Na Câmara, o número mínimo necessário é de 171 deputados.
Para serem criadas, os pedidos de CPI precisam ser lidos em plenário pelos presidentes das duas Casas legislativas, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL).
Segundo o presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), os pedidos só devem ser analisados na Casa em fevereiro, após a posse dos 27 senadores eleitos em 2022 e a eleição da Mesa Diretora.
Senado
No Senado, pelo menos dois pedidos estão sendo articulados: um proposto pela senadora Soraya Thronicke (União-MS); e outro por Renan Calheiros (MDB-AL).
"Volto a Brasília para colher assinaturas da CPI que investigará golpistas e aqueles que, por ação ou omissão, ajudam os terroristas. Eles incluem Bolsonaro, o Procurador Aras, militares e políticos. No MDB vou defender a expulsão do governador do DF", publicou por exemplo o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Câmara
Paralelamente à articulação da CPI no Senado, deputados também articulam a criação de uma CPI na Câmara.
Para que uma CPI seja instalada na Câmara, o requerimento precisa reunir ao menos 171 assinaturas.
Um dos deputados que buscam assinaturas é Felipe Carreras (PSB-PE). "Defendo que o Congresso Nacional seja convocado. O parlamento é a legítima representação do povo e precisa dar os remédios necessários para o vandalismo e para os terroristas. Uma CPI deve ser instalada o mais rápido possível", afirmou Carreras em uma rede social.
Além disso, parlamentares do PSOL também protocolaram um pedido de CPI para investigar os atos terroristas. Assinaram o pedido Sâmia Bomfim, Fernanda Melchionna, Glauber Braga, Ivan Valente, Luiza Erundina, Vivi Reis e Talíria Petrone.
Intervenção federal
Diante do vandalismo praticado pelos bolsonaristas radicais na Esplanada dos Ministérios, o presidente Lula decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.
Além disso, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha.
O ministro disse que os atos terroristas do domingo só podem ter tido a anuência do governo do DF, uma vez que os preparativos para a arruaça eram conhecidos.
Fonte: g1
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