quarta-feira, novembro 23, 2022

PL repete acusações contra urnas sem apresentar provas e insiste em contestar apenas o 2º turno


O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, convocou nova entrevista coletiva nesta quarta-feira (23) para reiterar o pedido de verificação extraordinária do segundo turno das eleições.


Assim como ocorreu na terça (22), quando divulgou uma auditoria contratada pelo partido, o PL não apresentou provas de fraudes.


O PL insistiu no argumento de que as urnas eletrônicas de fabricação anterior a 2020, cerca de 60% das urnas usadas nas eleições, têm um número de série único. No entendimento da auditoria, os equipamentos deveriam ter números de série individuais, para possibilitar a fiscalização.


Mas todas as entidades fiscalizadoras atestam que a ausência desse número de série não significa que os resultados estejam comprometidos ou que não seja possível associar os boletins a cada urna, uma vez que esse número não é a única forma de identificação, nem o que confere autenticidade à urna.


Cada urna eletrônica, mesmo as dos modelos mais antigos, possui um certificado digital único. Esse certificado não se repete e é usado para assinar digitalmente os arquivos de cada urna. Isso permite a verificação individual dos equipamentos e do sistema que é rodado nas urnas.


O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o advogado do partido, Marcelo Bessa, foram questionados algumas vezes na entrevista coletiva sobre o motivo de a argumentação da sigla não levar em conta os certificados digitais. Eles não responderam. Afirmaram que há indícios de problemas na auditagem, mas não explicaram por que não quiseram usar as outras formas de identificar as urnas individualmente.


Na terça-feira, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou que o PL apresente também resultado de auditoria sobre o primeiro turno, já que as urnas usadas nos dois turnos são as mesmas. No primeiro turno, o PL conseguiu eleger a maior bancada da Câmara dos Deputados.


Valdemar alegou que questionar o primeiro turno envolveria um grande número de candidatos e de partidos. Por isso, o PL considerou mais viável apontar os supostos erros inicialmente no segundo turno.


Além disso, afirmou que a constatação do suposto erro só chegou ao partido na semana passada.


Fonte: g1

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