domingo, outubro 30, 2022

Até as 14h55, PRF fez 88% mais abordagens a ônibus do que em todo o 1º turno

A Polícia Rodoviária Federal realizou 297 abordagens a ônibus no primeiro turno das eleições de 2022, realizadas no dia 2 de outubro. O total de abordagens feita pela PRF neste domingo (30), data da realização do 2º turno da eleição presidencial, é 88% maior em comparação ao 1º turno.


Operação da PRF apreende motos durante as eleições em Codó, mesmo após proibição de Alexandre de Moraes — Foto: Cândido Sousa


Até as 14h55 deste domingo (30), em que ocorre o 2º turno das eleições presidencial e estaduais, a corporação abordou 560 veículos. A metade das ações ocorreram no Nordeste. Pelas informações no sistema interno da PRF não é possível saber se os veículos foram parados antes ou depois de os eleitores votarem.


Os números documentados pela PRF incluem apenas abordagens a ônibus e não a outros veículos, como carros e motos. Relatos apontam para vistorias feitas também em carros e motos neste domingo.


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) descumpriu ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No sábado (29), Moraes proibiu que a PRF realizasse qualquer operação relacionada ao transporte público de eleitores no domingo, para não atrapalhar a votação.


O ministro Alexandre de Moraes afirmou que não haverá adiamento do término da votação neste domingo (30). A PRF fez mais de 500 operações que paralisaram a circulação de ônibus de eleitores, em especial no Nordeste.


"Não houve nenhum prejuízo no exercício do direito de voto e logicamente não haverá nenhum adiamento do término do horário da votação. A votação termina às 17h como planejado", disse Moraes.


"Não houve prejuízo aos eleitores no seu exercício do direito de voto", prosseguiu.

Em entrevista para a imprensa, Moraes disse que as abordagens duram em torno de 15 minutos e não impediram eleitores de votar.


Fontes da PF ouvidas pelo g1 afirmam que abordagens a ônibus costumam demorar mais tempo a depender da quantidade de pessoas dentro do veículo, mesmo que não se tenha irregularidade grave.


Caso a força policial decida consultar antecedentes de cada passageiro, por exemplo, é possível que a ação demore mais de 30 minutos a mais de uma hora.


Diante de relatos de que as operações estavam ocorrendo pelo país, em especial no Nordeste, Alexandre de Moraes intimou o diretor da PRF, Silvinei Vasques, a interromper imediatamente as ações de fiscalização. Se Silvinei não cumprir, pode ser multado em R$ 100 mil a hora, ser afastado das funções e ser preso.


Silvinei foi ao TSE prestar depoimento no início da tarde deste domingo. Na noite do sábado, Silvinei Vasques postou no Instagram um pedido de voto no presidente Jair Bolsonaro. Depois, apagou o post.


Fonte: g1

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