quarta-feira, outubro 06, 2021

Renan anuncia presidente do Conselho Federal de Medicina entre investigados pela CPI da Covid



O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), informou nesta quarta-feira (6) que o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz de Brito Ribeiro, foi incluído na lista de investigados pela comissão.


Calheiros também incluiu nesta quarta-feira (6) outras quatro novas pessoas na lista de investigados da comissão, são eles: o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos; o empresário bolsonarista Otávio Fakhoury; o empresário Danilo Trento, diretor institucional da Precisa Medicamentos; e Marcos Tolentino, empresário e dono de uma rede de televisão suspeito de ser “sócio oculto” do FIB Bank, instituição que concedeu uma carta-fiança no contrato da vacina indiana Covaxin.


Com a inclusão dos novos nomes, a CPI da Covid já conta, segundo o relator, com uma lista de 37 pessoas investigadas.


“Em função dos fatos verificados na investigação, na apuração, eu queria elevar à condição de investigado o senhor Mauro Luiz de Brito Ribeiro, que é presidente do Conselho Federal de Medicina, pelo apoio ao negacionismo, pela maneira como deu suporte à prescrição de remédios ineficazes e os defendeu publicamente e pela omissão de fatos criminosos”, afirmou Calheiros.


Ao tratar da “omissão” do CFM, o relator se referiu às denúncias feitas contra o plano de saúde Prevent Senior. A empresa é acusada de ocultar mortes de pacientes por Covid-19 e de pressionar médicos a prescreverem remédios ineficazes contra a doença.


A comissão pediu para que a Procuradoria da República nos Estados de São Paulo e no Distrito Federal e a Polícia Federal apurem se houve omissão por parte do conselho diante das acusações contra a operadora de plano de saúde.


Além disso, senadores consideram que o conselho apoiou a propagação de medicamentos sem eficácia sob o argumento de defenderem a “autonomia médica”.


Oposição contesta

A inclusão do presidente do CFM entre os investigados provocou a reação de senadores alinhados ao governo na CPI.


Eduardo Girão (Podemos-CE) disse considerar a medida um “absurdo” e uma “injustiça tremenda”. O parlamentar alegou que o presidente do conselho não teve direito à ampla defesa, já que não chegou a prestar depoimento à CPI.


Mauro Luiz Ribeiro chegou a ser convocado pela comissão, mas o depoimento não foi marcado.


Marcos Rogério (DEM-RO) afirmou que Mauro Ribeiro “vem defendendo abertamente a autonomia do médico” e que, ao torná-lo investigado, “é como se assim enquadrasse todos os médicos brasileiros que atuam dentro da sua liberdade”.


“Ninguém está fazendo julgamento aqui dos médicos brasileiros. Aliás, há muitos que se colocam contra esse cidadão”, rebateu o senador Humberto Costa (PT-PE).


Fonte: G1

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