quarta-feira, outubro 06, 2021

Secretário-executivo do Consórcio Nordeste fica em silêncio em sessão da CPI da Covid no RN

O secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, utilizou o habeas corpus concedido pela Justiça do RN para permanecer em silêncio enquanto esteve presente na sessão desta quarta-feira (6) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Rio Grande do Norte.


Carlos Gabas, secretário-executivo do Consórcio Nordeste, ficou em silêncio durante depoimento na CPI Covid no RN — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


Gabas foi intimado no dia 25 de agosto pela CPI para depor como investigado. Os deputados buscam explicações do Consórcio Nordeste sobre a compra frustrada de respiradores durante a pandemia.


A aquisição, que não ocorreu, custou cerca de R$ 4,9 milhões ao RN por 30 respiradores e de R$ 48 milhões ao Consórcio Nordeste por 300.


O secretário-executivo ficou menos de uma hora no plenário da Assembleia Legislativa e, como exerceria o direito ao silêncio durante os questionamentos, pediu para deixar a sessão mais cedo, o que foi aceito. Os parlamentares, então, decidiram tornar públicas as perguntas que seriam feitas durante a sessão.


O habeas corpus preventivo foi concedido em decisão do desembargador João Rebouças e deu o direito constitucional para o secretário ficar em silêncio incluindo "o privilégio contra a autoincriminação". Gabas também pôde ser assistido pelos advogados e se comunicar reservadamente durante o depoimento.


Carlos Gabas ficou em silêncio durante a CPI da Covid no RN — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


A decisão também recomendou que, diante "da notícia veiculada pela imprensa, no sentido de que testemunhas estão sendo supostamente constrangidas e humilhadas ao serem ouvidas na CPI", que o secretário tenha "tratamento digno, respeitoso e urbano, não podendo sofrer quaisquer constrangimentos físicos ou morais durante as sessões".


Ao final da sessão, o presidente da CPI, Kelps Lima (Solidariedade) disse que teve acesso a três documentos sigiloso que comprometeriam Carlos Gabas.


Os documentos, segundo Kelps, contém indícios de que o dinheiro dos respiradores seria usado até mesmo para compras fora do estado, como no município de Araraquara (SP). Por esse motivo, a CPI aprovou requerimento para ouvir o prefeito do município, Edinho Silva (PT), na condição de testemunha.


Fonte: G1

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