quarta-feira, agosto 25, 2021

Queiroga critica 'demagogia vacinal' e diz que 'vai faltar dose' se estados não seguirem plano do governo federal

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira (25) que é preciso defender a "soberania" do Programa Nacional de Imunização (PNI), e alertou que estados e municípios devem seguir as orientações da pasta para definir quais os públicos que devem ser vacinados no atual momento da pandemia de Covid.


Marcelo Queiroga — Foto: Adriano Machado/Reuters


Os dois pontos de atrito entre o governo federal e estados são a vacinação de adolescentes, que já começou em algumas capitais apesar de ainda não haver orientação do PNI, e o público-alvo da dose de reforço.


O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira (25) que é preciso defender a "soberania" do Programa Nacional de Imunização (PNI), e alertou que estados e municípios devem seguir as orientações da pasta para definir quais os públicos que devem ser vacinados no atual momento da pandemia de Covid.


Os dois pontos de atrito entre o governo federal e estados são a vacinação de adolescentes, que já começou em algumas capitais apesar de ainda não haver orientação do PNI, e o público-alvo da dose de reforço.


O ministro não citou nenhum estado, mas recentemente o governador de São Paulo, João Doria, acionou a Justiça para cobrar a entrega de doses. O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, atendeu parcialmente o pedido e determinou que o governo federal garantisse ao estado vacinas para a segunda dose.


Polêmica sobre público-alvo do reforço

O alerta do ministro ocorre no mesmo dia em que o governo federal anunciou quais serão os primeiros públicos que devem receber a dose de reforço no país:


idosos com mais de 70 anos que completaram o esquema vacinal há mais de seis meses

pessoas com baixa imunidade (imunossuprimidos) que tomaram a segunda dose há ao menos 28 dias

A faixa etária dos idosos determinada pelo governo federal não será seguida pelo governo de São Paulo, que anunciou que vai começar o reforço em 6 de setembro em idosos com mais de 60 anos.


Disputa sobre vacinação de adolescentes

Outra polêmica na relação entre governo federal e estados é em relação aos adolescentes. No fim de julho, o Ministério da Saúde definiu que irá vacinar adolescentes de 12 a 17 anos contra Covid-19 depois que toda a população de 18 anos ou mais receber ao menos uma dose de imunizante.


Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação em adolescentes ocorrerá da seguinte maneira:


o público-alvo será adolescentes de 12 a 17 anos;

os primeiros a serem vacinados serão os adolescentes com comorbidades; na sequência, os demais;

para começar a vacinação, contudo, os estados e municípios precisam terminar de vacinar, com pelo menos uma dose, toda a sua população adulta;

A expectativa do Ministério da Saúde é que a vacinação dos adultos com uma dose termine até a metade de setembro. Entretanto, já há capitais vacinando esse público-alvo.


Fonte: G1

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