quinta-feira, agosto 12, 2021

Covid: pela 1ª vez desde outubro, Brasil não tem nenhum estado em nível crítico de ocupação de leitos

Em meio à queda no número de casos, hospitalizações e mortes no Brasil por Covid, cinco estados brasileiros ainda permanecem na chamada zona de alerta intermediário (60% - 80%) em relação às taxas de ocupação de leitos Unidades de Terapia Intensiva (UTI), segundo um novo boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).


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Mapa da Fiocruz mostra taxa de ocupação de leitos UTI por estados — Foto: Fiocruz


São eles: Roraima, Rondônia, Goiás, Mato Grosso e Rio de Janeiro — este último o único a apresentar aumento real, de 61% para 67%. Na visão de especialistas, a variante Delta poderia estar por trás dessa alta.


Mas uma boa notícia: pela primeira vez desde outubro de 2020, nenhum se encontra na zona mais crítica do indicador (>80%).


De acordo com o documento, de 11 de agosto, Roraima e Rondônia também apresentaram aumento, retornando à zona de alerta intermediário após estarem fora da zona de alerta, "mas a elevação do indicador se deveu à redução de leitos e não ao aumento de leitos ocupados — Rondônia, de 230 para 166 leitos, e Roraima, de 74 para 50 leitos", diz a Fiocruz.


No Mato Grosso, a taxa de ocupação de leitos UTI se manteve estável em 79% com Goiás deixando a zona de alerta crítico após apresentar pequena melhora (82% para 78%).



Os demais estados e o Distrito Federal estão fora da zona de alerta, com taxas inferiores a 60%, "muitos, inclusive, apesar da redução de leitos destinados à Covid-19", acrescenta o boletim da Fiocruz.


Entre as capitais, duas estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 superiores a 90%: Rio de Janeiro (97%) e Goiânia (92%).


Seis capitais estão na zona de alerta intermediário:


Porto velho (63%)

Boa Vista (70%)

São Luís (64%)

Curitiba (65%)

Campo Grande (65%)

Cuiabá (74%)

Dezenove capitais estão fora da zona de alerta:


Rio Branco (12%)

Manaus (54%)

Belém (44%)

Macapá (29%)

Palmas (53%)

Teresina (39%)

Fortaleza (53%)

Natal (34%)

João Pessoa (19%)

Recife (39%)

Maceió (25%)

Aracaju (43%)

Salvador (38%)

Belo Horizonte (57%)

Vitória (36%)

São Paulo (43%)

Florianópolis (31%)

Porto Alegre (59%)

Brasília (59%)

Casos e óbitos

Segundo a Fiocruz, o número de mortos por Covid diminuiu 1,1% em relação à semana anterior e a taxa de incidência caiu 0,8% ao dia.


"A maior velocidade de queda da mortalidade em relação à incidência de casos novos aponta que permanece a transmissão de Covid-19 em todo o país".

"No entanto, há menor impacto sobre hospitalizações e óbitos, em resposta à vacinação que já alcança cobertura de grupos mais jovens e grande parte da população idosa".


Apesar de o cenário positivo, a Fiocruz ressalva que o número de casos (média de 33.400 casos novos por dia) e de mortes (910 óbitos por dia) "são ainda muito elevados".


"Além disso, a taxa de positividade dos testes permanece alta, o que mostra a intensa circulação do vírus", diz o boletim.


Segundo a Fiocruz, a pandemia só será controlada "de modo duradouro e sustentado" se houver "intensificação da campanha de vacinação, a adequação das práticas de vigilância em saúde, o reforço da atenção primária à saúde, além do amplo emprego de medidas de proteção individual, como o uso de máscaras e o distanciamento social".


Sobre as novas variantes do coronavírus, a instituição diz que sua circulação tem aumentado as infecções, mas não necessariamente o "número de casos graves".


"Isso acontece devido à proteção já adquirida por grupos populacionais mais vulneráveis vacinados, como os idosos e portadores de doenças crônicas. Como consequência, foi observada uma pequena redução da taxa de letalidade, dada pela proporção de casos que resultaram em óbitos por Covid-19, atualmente em torno de 2,7%".


"Os valores ainda elevados de letalidade em alguns estados revelam falhas no sistema de atenção e vigilância em saúde, como a insuficiência de testes diagnóstico, da triagem de infectados e seus contatos, identificação de grupos vulneráveis".


Fonte: BBC

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