quinta-feira, julho 08, 2021

Pacheco diz que 'mal-entendido' entre Aziz e Forças Armadas está 'suficientemente esclarecido'

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse em suas redes sociais que conversou nesta quinta-feira (8) com o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e que o "mal-entendido" entre o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), e as Forças Armadas foi "suficientemente esclarecido" e que o "assunto está encerrado".


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Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante sessão do Senado Federal, em Brasília — Foto: REUTERS/Adriano Machado


Aziz afirmou nesta quarta-feira (7) no início da sessão da CPI da Covid que fazia "muitos anos" que o Brasil não via "membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo". No fim do dia, o ministro da Defesa e os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica divulgaram uma nota dizendo que o presidente da CPI foi "leviano" e "irresponsável" (veja mais abaixo).


"O episódio de ontem, fruto de um mal-entendido sobre a fala do colega senador Omar Aziz, presidente da CPI, já foi suficientemente esclarecido e o assunto está encerrado", afirmou Pacheco em suas redes sociais nesta quinta-feira (8).


O presidente do Senado disse ainda que conversou nesta quinta (8) com o ministro da Defesa, General Braga Netto, e que ressaltou o "respeito mútuo entre as instituições".


"Nesta manhã, tive uma conversa com o ministro da Defesa, General Braga Netto. Ressaltamos a importância do diálogo e do respeito mútuo entre as instituições, base do Estado Democrático Direito, que não permite retrocessos", disse.


Pacheco também disse que deixou claro ao ministro o "reconhecimento aos valores das Forças Armadas, inclusive éticos e morais".


"Deixei claro o nosso reconhecimento aos valores das Forças Armadas, inclusive éticos e morais, e afirmei, também, que a independência e as prerrogativas de parlamentares são os principais valores do Legislativo, afirmou.


Lado 'podre'

A declaração do presidente da CPI nesta quarta-feira (7) foi feita durante o depoimento de Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, que acabou preso ao final da sessão. Dias foi solto após pagamento de fiança de R$ 1,1 mil.


"Você foi sargento da Aeronáutica? Conhece o coronel Guerra? Olha, eu vou dizer uma coisa, as Forças Armadas... os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia, porque fazia muito tempo, fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo, fazia muitos anos", declarou Aziz na CPI.


Ministério da Defesa

Em nota, o Ministério da Defesa criticou a declaração de Aziz e disse que a declaração atingia as Forças Armadas de forma "vil e leviana"


"Essa narrativa, afastada dos fatos, atinge as Forças Armadas de forma vil e leviana, tratando-se de uma acusação grave, infundada e, sobretudo, irresponsável. A Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira são instituições pertencentes ao povo brasileiro e que gozam de elevada credibilidade junto à nossa sociedade conquistada ao longo dos séculos", afirma um trecho da nota.



O documento foi assinado por: Walter Braga Netto (ministro da Defesa); almirante Almir Garnier Santos (comandante da Marinha); general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (comandante do Exército); e brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior (comandante da Força Aérea).


Após, a divulgação da manifestação do Ministério da Defesa, Aziz que sua fala foi "pontual" e que as Forças Armadas não devem intimidá-lo.


"Minha fala hoje foi pontual, não foi generalizada. E vou reafirmar o que eu disse lá na CPI. Pode fazer 50 notas contra mim, só não me intimida. Porque, quando estão me intimidando, vossa excelência não falou isso, estão intimidando esta Casa. Vossa excelência não se referiu à intimidação que foi feita", disse Aziz ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).


Fonte: G1

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