segunda-feira, fevereiro 22, 2021

Anac investiga tentativa de pouso de helicóptero em píer de SC

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) instaurou um processo administrativo para apurar a tentativa do pouso de um helicóptero com adesivo da Havan próximo a um píer de uma pousada na praia Caixa D’Aço, em Porto Belo, Litoral Norte catarinense. Se constatada irregularidade, poderá haver aplicação de penalidades aos responsáveis pela operação.


Helicóptero tentou fazer pousar duas vezes em píer, próximo a banhistas, e decolou — Foto: Reprodução/Redes sociais


O caso envolvendo a aeronave PT-HPL, de propriedade de uma empresa de serviços náuticos com operação de outra de serviços aéreos especializados, foi registado no sábado (20). Ninguém foi atingido e não houve feridos. Apesar da plotagem, o helicóptero não pertence à frota da Havan.


Tentativa do pouso de um helicóptero com adesivo da Havan em Porto Belo — Foto: Reprodução/ Redes sociais


Um vídeo com imagens do helicóptero circulou nas redes sociais e mostra duas tentativas de pouso no píer. As manobras foram feitas próximo do mar e também de banhistas, que estavam em caiaques e outras embarcações.


Na primeira tentativa de pouso, um homem tentou abrir a porta, mas o piloto desistiu e decolou novamente. Na segunda tentativa, a aeronave pousa novamente fora da estrutura do píer, chega a ficar inclinada a arremete.


Imagens mostram as duas tentativas de pouso em píer de pousada — Foto: Reprodução/ Redes sociais


O piloto José Viana, de Balneário Camboriú, que trabalha na empresa que é a operadora do helicóptero, afirmou que tinha ido buscar o filho na pousada de um amigo, mas as rajadas de vento não permitiram o pouso no píer.


“O helicóptero deu uma inclinada, vamos dizer que não é normal, mas não foi nada assim tão grave, tanto que eu decolei com o helicóptero e fui para outro lugar”, disse.


Viana disse que já fez outros pousos no local em outras ocasiões e que as pessoas estavam afastadas e fora do raio do voo. "Não coloquei ninguém em risco", afirmou.


“Não causei nenhum tipo de dano. Essa polêmica aí, se não tivesse o adesivo da Havan no helicóptero teria saído um, dois, três vídeos e acabou. O problema aí está no nome”, explicou o piloto.


Por conta do episódio, a Havan emitiu uma nota e informou que não se trata de helicóptero da frota da empresa, apesar da plotagem. Segundo a rede de lojas, trata-se de uma aeronave que usa o heliponto de propriedade da Havan e, em troca, usa o adesivo com a marca para fazer publicidade. A Havan possui três helicópteros a serviço da empresa.


As redes sociais da pousada indicam que é comum que helicópteros desçam no píer. O G1 procurou os responsáveis pela pousada e também da empresa a qual pertence a aeronave, mas não conseguiu contato até as 14h30.


A Anac informou que o pouso em local não homologado é permitido “em alguns casos”. A Agência afirma que, se durante o processo for identificada irregularidade em relação às normas de aviação civil, os responsáveis pela operação poderão ser penalizados. Viana disse que ainda não foi notificado pela Anac sobre a abertura do processo administrativo.


Outro caso

O mesmo helicóptero já foi alvo de investigação na Anac em 2019, quando o piloto Viana fez um show pirotécnico no réveillon sobrevoando a orla de Balneário Camboriú, minutos antes da virada de ano. Na época, a Superintendência de Ação Fiscal da Anac entendeu que o registro da aeronave não permitia esse tipo de atividade.


Fonte: G1

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