segunda-feira, julho 20, 2020

Em depoimento, Flavio Bolsonaro nega ter tomado conhecimento prévio de operação da PF

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) negou nesta segunda-feira (20), em depoimento ao procurador da República Eduardo Benones, ter tomado conhecimento prévio da deflagração em 2018 da Operação Furna da Onça, pela Polícia Federal.

O senador Flávio Bolsonaro — Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
O senador Flávio Bolsonaro — Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, prestou o depoimento a Benones no próprio gabinete no Senado, acompanhado da advogada Luciana Pires.

Um procedimento de investigação criminal apura denúncia de vazamento da operação. A denúncia foi feita pelo empresário Paulo Marinho, ex-aliado do senador.

"Não teve vazamento. O senador nunca teve a informação de vazamento da Furna da Onça", disse a advogada.

A operação Furna da Onça investigou um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O vazamento da operação teria sido feito por um delegado, segundo o empresário Paulo Marinho, suplente de Flávio Bolsonaro no Senado. Segundo Marinho, o encontro com o delegado teria ocorrido na porta da Superintendência da PF, na Praça Mauá, no Rio de Janeiro.

"Eu não falei mais com ele [Paulo Marinho]. Ele está no projeto dele. Ele está mais interessado na minha vaga do Senado do que tomar conta da própria vida. Isso é página virada. Espero que o Ministério Público do Rio e a Polícia Federal tomem providências em relação a essas mentiras que ele inventou", afirmou o senador ao deixar o Senado, após o depoimento.

De acordo com o relato de Marinho, o delegado teria adiantado que a operação atingiria pessoas do gabinete de Flávio Bolsonaro, ex-deputado estadual no Rio, entre as quais o então assessor Fabrício Queiroz, preso no mês passado sob suspeita de articular um esquema de "rachadinha" na Assembleia do Rio — pelo qual funcionários do gabinete devolviam parte dos salários para Queiroz. Durante as investigações da Furna da Onça surgiu o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou uma movimentação considerada atípica de R$ 1,2 milhão nas contas de Queiroz.

Fonte: G1

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