sexta-feira, junho 21, 2019

Em cinco anos, RN perde 72,7% dos orelhões

Ele já foi fundamental nas ruas brasileiras, era a salvação para muita gente que precisou se comunicar de forma urgente fora de casa e não possuía telefone celular ou até mesmo fixo, mas está desaparecendo a passos largos: em cinco anos, o Rio Grande do Norte perdeu 72,7% de seus orelhões, evidenciando a tendência de redução do serviço que, com a popularização da telefonia móvel, vem se tornando cada vez mais raro no país.

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Com popularização da telefonia móvel é cada vez mais raro a presença destes aparelhos nas ruas 

Atualmente, de acordo com a Anatel, há 3.902 orelhões no RN. Desses, 3.487 estão "disponíveis", e 415 (11,9%), estão em manutenção. Existem, ainda, outros 111 orelhões adaptados para cadeirantes, e outros 32 adaptados para uso de pessoas com deficiência auditiva e de fala no Estado. 


O Nordeste é a segunda região com o maior número de orelhões do país, sendo a Oi a maior concessionária. Ao todo, são 56.536 orelhões na região, que é ultrapassada apenas pelo Sudeste, que possui 98.037 aparelhos. Mesmo com a diferença de mais 40 mil orelhões de uma região para a outra, a quantidade de aparelhos em manutenção é quase a mesma: no Sudeste, 10.240 aparelhos dos 98 mil estão em manutenção. No Nordeste, entre os 56,7 mil, 9.541 não estão funcionando. 

A região com o menor número de aparelhos, por sua vez, é o Norte, com 16.531 orelhões, de acordo com a Anatel. Acima dela estão, em ordem crescente, o Centro-Oeste, com 16.714 e o Sul, com 30.034 orelhões. 


Em dezembro do ano passado, as companhias telefônicas desligaram 600 mil orelhões pelo país, reduzindo em 70% o número de aparelhos, número que deve continuar caindo ao longo dos próximos anos. Em um decreto publicado em dezembro, a Anatel determinou que as concessionárias, como a Oi, não estariam mais obrigadas a investir em orelhões, em troca de levar o sinal 4G para cerca de 1,5 mil áreas isoladas do país. 

A Oi, empresa concessionária por todos os orelhões do Rio Grande do Norte, afirmou em nota enviada por meio da assessoria de imprensa que o desuso dos aparelhos vem se dando em função do avanço tecnológico e popularização da telefonia móvel, e que “Diante deste cenário, o Plano Geral de Metas da Universalização (PGMU), aprovado por Decreto em dezembro de 2018, veio adequar as regras vigentes no Brasil à tendência de consumo, substituindo os orelhões pela implementação da infraestrutura de acesso à internet por meio de tecnologia 4G”. 


Dos 3,9 mil orelhões do Estado, 800 estão em Natal, 266 em Mossoró e 119 em Parnamirim, com o resto dos aparelhos espalhados pelos outros municípios do Estado.

Em 2018, um estudo divulgado pela Fundação Getúlio Vargas sinalizou que o Brasil possuía oficialmente mais smartphones ativos do que pessoas. De acordo com a FGV, são 220 milhões de celulares em funcionamento no país, que possui 207,6 milhões de habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fonte: Tribuna do Norte

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