sábado, março 24, 2018

Morre policial que foi trocado por reféns em supermercado no sul da França

Tenente-coronel Arnaud Beltrame (Foto: HO / GENDARMERIE NATIONALE / AFP)

Com a morte, neste sábado (24), do policial que foi trocado por reféns retidos na sexta-feira (23) por um suposto membro do Estado Islâmico (EI), em um supermercado na cidade de Trèbes, no sul da França, sobe para quatro o número de mortos - sem contar o sequestrador -, informou o ministro do Interior, Gérard Collomb, na sua conta do Twitter.

"A França nunca esquecerá sua bravura, seu heroísmo, seu sacrifício", afirmou o ministro francês, ao informar que o tenente-coronel da gendarmaria Arnaud Beltrame, de 44 anos, não resistiu aos ferimentos.

Mais cedo, o presidente Emmanuel Macron, havia dito que o policial, que tinha sido trocado pelos reféns, estava lutando pela sua vida.

O sequestro, ocorrido ontem por um homem que garantiu atuar em nome do EI, acabou com três mortos (sem aincluir a do policial), antes que o terrorista fosse morto pelos policiais.

Redouane Lakdim, de 25 anos e nascido em Marrocos, começou no final da manhã uma jornada mortal que acabou 3h30 depois, após ter tirado a vida de três pessoas e deixado 16 feridas, algumas em estado grave.

Uma mulher que morava com o Lakdim foi detida para interrogatório, anunciou o procurador de Paris, François Molins, encarregado de investigações antiterroristas. Ela é suspeita de associação criminosa com fins terroristas.

'Terrorismo islâmico'
O presidente Emmanuel Macron, que está em Bruxelas, classificou a ação como um ato de "terrorismo islâmico". Ele voltará para Paris para acompanhar de perto a situação.

Testemunhas disseram que Redouane Lakdim, de 26 anos, gritou "Allahu Akbar" (Alá é grande), no momento ao invadir o supermercado Super U. Segundo a mídia francesa, ele teria pedido a libertação de Salah Abdeslam, único terrorista capturado com vida nos ataques em Paris de 13 de novembro de 2015.

Os serviços de segurança ainda estão investigando se o EI está realmente por trás do ataque.

Se o vínculo com o grupo extremistas for confirmado, este ataque será o 1º ataque desta dimensão desde a eleição do presidente Emmanuel Macron, em maio de 2017. O Ministério do Interior informou que Lakdim, que era morador de Carcassonne, já era conhecido da polícia por causa de pequenos delitos.

 (Foto: Juliane Souza/Editoria de Arte)
(Foto: Juliane Souza/Editoria de Arte)

Fonte: G1

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