sábado, março 24, 2018

Candidato a presidente da Catalunha e outros 4 separatistas têm prisão preventiva decretada

Independentista catalão Jordi Turull é cercado por jornalistas e ao lado de sua mulher ao sair da Suprema Corte nesta sexta-feira (23) durante intervalo em audiência (Foto: Francisco Seco/AP Photo)
Independentista catalão Jordi Turull é cercado por jornalistas e ao lado de sua mulher ao sair da Suprema Corte nesta sexta-feira (23) durante intervalo em audiência (Foto: Francisco Seco/AP Photo)

Um juiz do Tribunal Supremo espanhol decretou a prisão preventiva do candidato a presidente da Catalunha, Jordi Turull, e outros quatro separatistas acusados de rebelião por seu papel na fracassada declaração de independência da região espanhola.

Além de Turull, que com a prisão decretada não poderá assistir a segunda votação prevista sobre sua posse no sábado, o juiz Pablo Llarena ditou a prisão preventiva da ex-presidente do Parlamento catalão, Carme Forcadell e outros três ex-ministros do Executivo catalão.

A medida respondeu ao "grave risco de fuga" dos acusados, segundo o Supremo, diante da dura pena prevista pelo crime do qual são acusados: até 30 anos de prisão.

Nesta quinta, Turull não conseguiu a maioria absoluta em votação no Parlamento da Catalunha para ser eleito como presidente regional.

Ordem internacional de prisão

Separatista catalã Marta Rovira participa de sessão no parlamento catalão, em na quinta-feira (22)  (Foto: Lluis Gene / AFP)
Separatista catalã Marta Rovira participa de sessão no parlamento catalão, em na quinta-feira (22) (Foto: Lluis Gene / AFP)

Outra líder separatista, Marta Rovira, também convocada nesta sexta para se apresentar ao Supremo em Madri, ignorou a convocação e anunciou por carta que deixará a Espanha, seguindo os passos de outros seis independentistas que foram para o exterior, entre eles o ex-presidente Carles Puigdemont, instalado na Bélgica.

O Tribunal Supremo da Espanha expediu nesta sexta uma ordem internacional de prisão para Rovira e outra, de abrangência europeia, para outros cinco envolvidos no processo de tentativa de independência da Catalunha que estão foragidos da Justiça.


Quatro dos foragidos estão na Bélgica (Carles Puigdemont, Antoni Comín, Meritxell Serret e Lluís Puig), e uma na Escócia (Clara Ponsatí). Todos faziam parte do governo separatista catalão que foi afastado por Madri.

O magistrado afirmou que as ordens de prisão foram enviadas à Interpol e Sirene - o sistema de informação Schengen. Além disso, ele lembrou que seguem vigentes as ordens de prisão na Espanha contra os mesmos foragidos.

Impasse no Parlamento
O Parlamento regional tenta formar um novo governo desde as eleições regionais realizadas em dezembro, quando os independentistas garantiram a maioria absoluta. Essas eleições foram realizadas depois que o governo espanhol assumiu o controle da Catalunha e destituiu o então presidente regional, Carles Puigdemont, por ele ter declarado a independência da região.

Turull é o terceiro candidato promovido pelos independentistas. O primeiro foi Puigdemont, que desistiu de concorrer, e o segundo foi o ativista preso desde meados de outubro, Jordi Sánchez, que também desistiu porque não foi liberado da prisão para ser empossado. Os dois também enfrentam acusaçãoes de rebelião pela tentativa de independência.

'Confronto'
O governo espanhol, através do ministro da Justiça, Rafael Catalá, acusou os separatistas de buscarem "um confronto com o Estado de direito".

Escolher um candidato com problemas judiciais "mostra que não há vontade real de encontrar soluções para o futuro, mas de continuar manchando o terreno", declarou à rádio Onda Cero.

Fonte: G1

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