quinta-feira, dezembro 07, 2017

Presidente do COB descarta assumir Comitê Rio 2016: "Não fui eleito para isso"

Presidente do COB descarta assumir Comitê Rio 2016: Presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Paulo Wanderley Teixeira não vai acumular a atual função com o cargo de presidente do Comitê Rio 2016, como fazia o antigo dirigente, Carlos Arthur Nuzman. Ele fez esse comunicado oficialmente em uma carta enviada ao Co-Rio 2016 nesta terça-feira e, durante a assembleia desta quarta na sede do COB, no Rio de Janeiro, falou sobre o assunto. O mandatário alega estar completamente focado na condução da entidade máxima do desporto brasileiro.
"Não fui eleito para isso, para ser presidente do Comitê Rio 2016. Não tenho compromissos com Rio 2016 até que me provem o contrário", Paulo Wanderley
- Essa carta existiu, foi publicado o documento que assinei. Existiu sim. Não fui eleito para isso, para ser presidente do Comitê Rio 2016. Isso estava no estatuto do Comitê Rio 2016 e do COB, mas não está mais no estatuto do COB. Outro presidente que entrar aqui também não terá esse compromisso. Claro, não invalida o que foi assumido anteriormente. Mas, espontaneamente, não tenho interesse nenhum, pois estou focado no Comitê Olímpico do Brasil. Não tenho compromissos com Rio 2016 até que me provem o contrário - comentou Paulo Wanderley.
Essa informação foi publicada pela Folha de S. Paulo na manhã desta quarta-feira e confirmada pelo GloboEsporte.com. Antes da votação do novo estatuto, no dia 22 de novembro, o presidente Paulo Wanderley e sua diretoria conseguiram retirar a proposta de acumular os dois cargos do documento preparado pela Comissão Estatuinte.
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 acumula dívidas com ex-funcionários e fornecedores, que, segundo a última auditoria, chega a R$ 218 milhões. A entidade tem de encerrar suas atividades até 2023. Sem presidente desde que Carlos Arhur Nuzman foi preso e entregou sua carta de demissão, o Rio 2016 trabalha sob o comando interino de Edson Menezes e de um conselho administrativo formado por empresários e ex-atletas.
Além dele, também faz parte do conselho diretor da Rio-2016: Luiza Trajano (empresária), Bernard Rajzman (ex-jogador de vôlei, ex-funcionário do COB e representante do COI), Manoel Felix Cintra Neto (ex-presidente da BM&F) e José Antônio do Nascimento Brito (ex-presidente do conselho editorial do "Jornal do Brasil"). Ainda não há uma definição sobre o que será feito diante da recusa de Paulo Wanderley.

O Co-Rio 2016 não tem dinheiro para acertar os débitos. A União já avisou que não vai repassar mais verbas, e o mesmo ocorreu em relação à Prefeitura do Rio de Janeiro e o Governo do Estado. Segundo o contrato da cidade-sede proposto pelo COI, esses dois últimos deveriam arcariam com eventuais déficits dos Jogos Olímpicos de 2016. O Comitê Rio-2016 operou com uma receita de R$ 8,8 bilhões para realizar o evento, que foi conseguida com repasses do COI, venda de ingressos e produtos licenciados.

Fonte: Globo Esporte

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