quarta-feira, outubro 25, 2017

Quatro deputados do PSB aliados do Planalto pedem desfiliação do partido

Aliados do Palácio do Planalto, os deputados federais Danilo Forte (CE), Tereza Cristina (MS), Fábio Garcia (MT) e Adilton Sachetti (MT) pediram nesta terça-feira (24) desfiliação do PSB.
O partido, que votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff, passou a fazer oposição ao presidente Michel Temer após as delações de executivos da J&F atingirem o governo.
Questionado nesta terça sobre a saída dos deputados, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, avaliou ao G1 que os quatro deixaram a legenda por "incompatibilidade ideológica".
Ele acrescentou, porém, que não exigirá a devolução do mandato.
Pela legislação eleitoral, um político com cargo eletivo pode ser enquadrado na lei de infidelidade partidária e perder o mandato se mudar de legenda fora da chamada "janela partidária", aberta somente a seis de meses de uma eleição, com duração de um mês.
A lei, no entanto, permite a mudança de partido em algumas situações, como divergir ideologicamente da legenda.
"Acertamos os termos da desfiliação. O PSB não pedirá em hipótese alguma o mandato porque, uma vez que eles discordam da orientação da legenda, considero coerente que eles procurem outra opção partidária", afirmou Siqueira.
Divisão da bancada
Desde que o PSB passou a fazer oposição a Temer a bancada do partido na Câmara se dividiu.
Atualmente, a legenda comanda o Ministério de Minas e Energia, cujo titular da pasta é o deputado Fernando Coelho Filho (PSB-PE).
A expectativa do partido é que Coelho Filho também deixe o PSB, seguindo o mesmo caminho do pai, o senador Fernando Bezerra Coelho, que se filiou ao PMDB.
Destituição da líder
No último dia 18, a líder do PSB na Câmara, Tereza Cristina, foi destituída do posto. Aliada do governo, ela foi substituída pelo deputado Júlio Delgado, que faz oposição a Temer.

Fonte: G1

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