terça-feira, outubro 31, 2017

Lucro do Itaú atinge R$ 6,1 bilhões no 3º trimestre, alta de quase 13%

O lucro líquido do Itaú Unibanco atingiu R$ 6,077 bilhões no terceiro trimestre de 2016, um avanço de 12,7% em relação ao valor registrado no mesmo período do ano passado. O valor é 1% acima do resultado registrado nos três meses anteriores.
No resultado recorrente, que elimina situações extraordinárias do trimestre, o Itaú registrou um lucro de R$ 6,254 bilhões, alta de 11,78% em relação ao terceiro trimestre de 2016. Foram desconsiderados nesse resultado a venda de ações do IRB, amortizações de ágio geradas por aquisições feitas e provisões fiscais e previdenciárias para perdas decorrentes de planos econômicos que vigoraram na década de 1980.

O lucro do trimestre foi impactado positivamente pela redução de 10,8% do custo do crédito e pelo aumento de 4% na receita de serviços no trimestre, de acordo com o relatório de divulgação de resultados do banco.
"A redução do custo do crédito no trimestre foi devido principalmente à redução de R$ 667 milhões das despesas de provisão para crédito de liquidação duvidosa, principalmente no Brasil, tanto no segmento de varejo como no segmento de atacado", explicou o Itaú.
A provisão impacta negativamente o lucro, pois o banco separa um dinheiro para cobrir eventuais calotes. Durante a recessão, a inadimplência subiu e os bancos elevaram as provisões. Neste ano, esses números foram reduzidos. Em 9 meses, o Itaú reduziu R$ 5,67 bilhões em provisões.
“Continuamos observando melhora nos indicadores de qualidade de crédito e já se percebem avanços nos índices de confiança dos empresários e consumidores, como reflexo da recuperação da economia. Esses fatos, aliados à inflação sob controle e aos sucessivos cortes da taxa Selic têm refletido positivamente na demanda por crédito”, afirma Candido Bracher, presidente executivo do Itaú Unibanco, em comunicado.

Um homem entra em uma agência do Itau na avenida Berrini, na zona sul de São Paulo (Foto: Marcelo Brandt/G1)
Um homem entra em uma agência do Itau na avenida Berrini, na zona sul de São Paulo (Foto: Marcelo Brandt/G1)

O índice de inadimplência ficou em 3,2% entre julho e setembro, em linha com o resultado do trimestre anterior, mas 0,7 ponto percentual abaixo do registrado no mesmo período de 2016.
"No Brasil, houve redução em relação ao trimestre anterior e em relação a setembro de 2016 pela menor inadimplência em pessoas físicas, em micro, pequenas e médias e grandes empresas", ressalvou o Itaú, no relatório. O indicador cresceu no trimestre nos demais países da América Latina.
Crédito recua
Apesar da avaliação do presidente do Itaú de que há uma retomada na demanda por crédito, a carteira de crédito do Itaú encolheu. O volume de empréstimos do banco somou R$ 575,2 bilhões, queda de 4,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
A maior retração ocorreu nos empréstimos para a empresa, que teve redução de 8,4% na carteira. Já o crédito para pessoas físicas somou R$ 180 bilhões no terceiro trimestre, uma retração de 1,4% na comparação com o mesmo período de 2016.
A carteira de crédito pessoal (-6,9%), empréstimo consignado (-2,3%) e para compra de veículos (-12,7%) encolheram no terceiro trimestre.
Já os empréstimos do cartão de crédito (2,6%) e crédito imobiliário (2,5%) avançaram.
O aumento do uso do cartão de crédito favorece os negócios do Itaú duplamente. Além das receitas com tarifas bancárias e taxas de juros, o banco também é dono da Rede, empresa que tem "maquininhas de cartão".
"No terceiro trimestre de 2017, o valor transacionado com cartão de crédito e débito apresentou aumento de 2,0 % em relação ao trimestre anterior, principalmente devido ao maior faturamento de crédito", disse o Itaú, sobre os negócios da Rede.

Fonte: G1

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