quarta-feira, agosto 16, 2017

Temer diz que seu governo não pratica 'medida populista'

o presidente Michel Temer (PMDB) disse nesta quarta-feira (16), em evento em São Paulo, que seu governo não pratica “medidas populistas”. Em evento promovido pelo banco Santander, o presidente citou ações que, segundo ele, serão “reconhecidas no futuro”.
“Assumimos o governo em meio a uma dramática crise econômica e desde o princípio nossa postura tem sido de coragem para encarar os problemas de frente e sem falsos atalhos”, disse. “Sempre faço distinção entre medidas populistas e populares. Populares são reconhecidas no futuro. O que temos feito é não praticar nenhuma medida populista.”
Temer defendeu a reforma trabalhista e citou as mudanças no ensino médio que, segundo ele, foram muito criticadas no início. "Hoje tenho apoio de 96% da área de educação", disse. Temer disse que fez em 15 meses "o que não se fez em quase 20 anos". "Estamos lançando as bases de um novo Brasil."

Presidente Michel Temer participa de evento do Santander em São Paulo (Foto: Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo)
Presidente Michel Temer participa de evento do Santander em São Paulo (Foto: Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo)

“Essas medidas apontam para uma mesma direção, uma economia sólida e competitiva e de um governo que não cede ao populismo”, acrescentou. Segundo ele, as "adequações modernizantes" das estruturas "colocam o Brasil no século 21".
Previdência e meta fiscal
Sobre a reforma da Previdência, Temer disse que ela não irá afetar os mais carentes, mas “os mais privilegiados do serviço público”. “Queremos acabar com os privilégios.”
Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, a reforma precisa de 308 votos dos 513 deputados para ser aprovada. Na terça-feira (15), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o governo não possui "hoje" os votos mínimos para aprovar a reforma no plenário da Casa.
Ele citou, também a proposta ao Congresso anunciada na terça pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de aumentar a meta fiscal de 2017 e 2018 para déficit de R$ 159 bilhões. Segundo Meirelles, a medida se deve à fraca arrecadação que, só em 2017, está R$ 42,5 bilhões abaixo do previsto.
Entenda a meta fiscal
Ao propor o aumento da meta, o governo quer autorização do Congresso para elevar o teto para o rombo das contas públicas neste ano e no próximo. Como trata-se de um déficit primário, esse valor não inclui os gastos do governo com pagamento de juros da dívida pública.
Se confirmada, o déficit primário das contas do governo neste ano e em 2018 ficaria próximo ao registrado no ano passado: R$ 159,47 bilhões, pelo conceito usado pelo Banco Central. O assunto é caro ao governo Temer, que assumiu com discurso de restabelecer a responsabilidade fiscal e adotar medidas para reduzir o crescimento da dívida pública.
“Mas não ficamos apenas na fixação da meta, cortamos 60 mil cargos do governo federal. E adiamos por um ano o reajuste de várias categorias do serviço público”, disse. "Isso dá uma economia substanciosa para o ano que vem."

Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!