sexta-feira, agosto 18, 2017

Governo estuda agora fazer a concessão de 13 aeroportos

O governo avalia uma nova proposta para o leilão de aeroportos previsto para 2018. Na nova configuração, seriam 13 os terminais concedidos à iniciativa privada, conforme apurou o G1.
Na semana passada, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, havia informado que o governo estudava leiloar um total de 19 aeroportos.
A relação dos aeroportos leiloados ainda pode passar por mudanças. Ela será definida na reunião do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), marcada para a próxima quarta-feira (23).
O governo também vai oficializar a proposta para vender as participações da Infraero em aeroportos já concedidos - Brasília, Guarulhos, Confins e Galeão.
Leilão em blocos
Nesta quinta, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, afirmou ao G1 que permanece a intenção de ofertar os aeroportos em três blocos regionais.
O aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que o Ministério do Planejamento confirmou que está incluído no pacote de concessões, será oferecido sozinho.
"Vamos levar ao PPI a sugestão de leiloar Congonhas e os blocos do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, mais a participação da Infraero nos aeroportos já concedidos", disse Moreira Franco.
Os aeroportos que serão ofertados foram discutidos em reunião de ministros nesta quinta no Palácio do Planalto.
Pelo modelo em estudo, os blocos serão compostos por aeroportos lucrativos e deficitários, ou seja, que hoje dão prejuízo à Infraero. Todos terão que ser operados pelos grupos que vencerem os leilões.
Os blocos em estudo no momento são compostos por:
Centro-Oeste: reúne os aeroportos de Cuiabá, Sinop, Alta Floresta e Barra do Garças.
Nordeste: reúne os aeroportos de Aracaju, João Pessoa, Juazeiro do Norte, Campina Grande, Maceió e Recife.
Sudeste: reúne os aeroportos de Vitória e Macaé.
O G1 apurou que o governo tem dúvidas sobre o interesse no mercado no bloco Sudeste, nesta configuração. A primeira relação, anunciada pelo ministro dos Transportes, trazia os dois aeroportos, mais Santos Dumont, Jacarepaguá, Campo de Marte e Pampulha.
Foram retirados da relação também os aeroportos de Rondonópolis (Centro-Oeste), Teresina, São Luís e Petrolina (Nordeste).
Infraero
Para garantir a continuidade das operações da Infraero, o ministro Maurício Quintella afirmou essa semana que preferia conceder Santos Dumont no bloco do Sudeste e manter Congonhas com a estatal.
No entanto, a equipe econômica prefere o leilão do aeroporto paulista. "Congonhas é o ativo mais forte", disse Moreira Franco.
Pesou na escolha a necessidade de o governo arrecadar. Congonhas fora de um bloco acelera os trâmites do leilão e pode atrair mais interessados, com provável valor de outorga maior.
Moreira evitou falar em valores para o leilão do aeroporto paulista, mas Maurício Quintella afirmou na quarta-feira (16) que os estudos indicam que Congonhas pode render R$ 5,6 bilhões.

Fonte: G1

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