segunda-feira, maio 22, 2017

Suspeitas contra Temer vão além de gravação


O pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para abertura de investigação sobre o presidente Michel Temer elenca uma série de suspeitas que vão além da gravação de conversa com Joesley Batista, um dos donos da JBS, no Palácio do Jaburu.

Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, há ao menos 15 elementos que justificam a abertura de inquérito.

Um dos áudios entregues pelo empresário ao Ministério Público tem trechos inaudíveis, além de, segundo um perito contratado pela Folha, ter 50 edições. Algumas frases da gravação foram utilizadas pela PGR para afirmar que Temer teria dado anuência à compra do silêncio de Eduardo Cunha e de Lucio Funaro.

Mas o inquérito autorizado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin se embasa também em outros pontos.

Janot lista como prova, no pedido de abertura de inquérito, além da gravação da conversa de Temer, três outros diálogos, além dos anexos da delação premiada dos empresários e os documentos que a corroboram.

As suspeitas descritas pelo Ministério Público se baseiam em junção de fatores. Por exemplo, no áudio, Temer diz para Joesley procurar o deputado federal Rocha Loures (PMDB-PR), um dos seus principais aliados, para tratar sobre “qualquer assunto”, inclusive os de interesse da JBS.

Depois, em ação controlada pelos investigadores, o homem de confiança do presidente foi flagrado recebendo mala de Ricardo Saud, lobista do frigorífico, que conteria R$ 500 mil de propina.

Fonte: Portal no Ar com Folha Press

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