segunda-feira, maio 22, 2017

Advogado diz que Chapecoense foi induzida ao erro no caso Luiz Otávio

Luiz Otávio Chapecoense x Atlético Nacional (Foto: Buda Mendes/Getty Images)

A Chapecoense vai protocolar sua defesa no caso Luiz Otávio nesta segunda-feira – o clube é acusado de ter escalado irregularmente o zagueiro no duelo contra o Lanús, na última quarta-feira, pela Taça Libertadores. Em entrevista ao “Redação SporTV”, o advogado Mário Bittencourt, que auxilia a Chape no processo, disse que o time catarinense se baseia em o que considera um erro de comunicação da Conmebol para pleitear sua inocência.  
Bittencourt destacou que o julgamento na Conmebol é diferente do que ocorre no Brasil. Segundo ele, em solo brasileiro, o clube é intimado pelo órgão disciplinar, e o advogado da equipe comparece presencialmente ao julgamento e já deixa o time ciente do resultado. No entanto, segundo o advogado, a decisão de suspender Luiz Otávio por três jogos depois da Recopa não chegou ao conhecimento da Chapecoense.  
- Estamos indo para uma linha de defesa de que a Chapecoense foi induzida ao erro por alguns equívocos cometidos pela Conmebol. Estou fazendo essa defesa em conjunto com o doutor Marcelo Amorety, que é o advogado fixo da Chapecoense. Ele fez uma consulta na véspera do jogo da Recopa, quando a Conmebol informou que o atleta deveria cumprir a suspensão automática na Recopa e não na Libertadores. Nesse mesmo dia em que houve esse contato direto no e-mail do advogado, eles alegam que enviaram também o resultado do julgamento que puniu o atleta com três jogos, mas mandaram para outro e-mail – disse. 
Bittencourt declarou encarar como inusitado o comportamento do delegado da Conmebol no duelo contra a Lanús, na Argentina, pela 5ª rodada do Grupo 6 da Libertadores. Luiz Otávio, que estaria suspenso de acordo com recomendação da Conmebol, marcou de cabeça nos minutos finais e garantiu o triunfo por 2 a 1. 
- A Chapecoense não acusou o recebimento desse e-mail como acusou o da suspensão automática. Na hora do jogo, praticamente no vestiário, sete dias depois do que supostamente haviam informado, o delegado do jogo apresenta em seu telefone celular o resultado de que o jogador estava fora. Só o fato do delegado mostrar na hora do jogo mostra que a Conmebol sequer sabia que tinha enviado, que tinha certeza desse envio. A Chapecoense pede para trocar o jogador, e o delegado não autoriza, o que deixa a Chape ainda mais em dúvida sobre se havia recebido essa punição ou não. Então colocou esse jogador em campo e entende que não estava irregular porque não foi intimada dessa decisão. 
A Chapecoense não terá possibilidade de realizar sua defesa de maneira oral, com a presença das partes. O critério utilizado pela entidade que comanda o futebol sul-americano é todo baseado em cima da defesa escrita protocolada. No entanto, o clube esperar conseguir realizar uma audiência presencial para apresentar seus argumentos. 

Fonte: Sport TV

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