Justiça determina que Rio 2016 faça reparos no complexo Maracanã

A justiça do Rio determinou que o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 faça reparos nos estádios do Maracanã e Maracanãzinho. A juíza Maria Paula

Gouvea Galhardo, da 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital estabeleceu um prazo de 30 dias, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

A ação, movida pelo Governo do Rio contra a Rio 2016, foi acatada pela Justiça. Na liminar movida, o governo argumenta que os estádios foram cedidos ao grupo por nove meses para a realização do evento e que as instalações não foram devolvidas nas condições recebidas.

De acordo com a decisão da juíza, o comitê terá 15 dias para apresentar a comprovação em juízo das medidas adotadas para concretizar a decisão.

Na ação, o Estado também cobra o pagamento das contas de água e luz vencidas e não quitadas durante o período de cessão do espaço. No entanto, a juíza entendeu que o governo não apresentou provas de que a dívida, que inclusive provocou o corte no fornecimento de energia elétrica nos estádios, seria relativa ao período de ocupação pela Rio 2016.

Estátua do Bellini amanheceu pichada no Maracanã (Foto: Reprodução / TV Globo)

Abandono do estádio e furtos frequentes

O estádio do Maracanã ficou abandonado após a realização da Olimpíada Rio 2016 e foi alvo de saques no interior do estádio. No dia 14 de janeiro, a Procuradoria Geral do Estado determinou que a concessionária Maracanã S.A. reassuma a gestão do estádio.

A PGE argumentou na época que o estado de abandono do Maracanã se agravava a cada dia e que o descaso da concessionária com o patrimônio público vem "ocasionando um grave prejuízo à população, que se vê privada de seu principal estádio, às vésperas do início do Campeonato Carioca, no qual os grandes clubes pretendem realizar seus principais jogos no maior estádio de futebol do Rio de Janeiro".

A Procuradoria também disse que há constantes furtos de mobiliários no estádio, em razão da falta de manutenção e de vigilância, em flagrante descumprimento das obrigações contratuais assumidas pela concessionária.

No dia 10 de janeiro, um busto em cobre do jornalista Mário Filho, que dá nome ao Maracanã, foi furtado do estádio. A Polícia Civil abriu uma investigação para tentar descobrir os autores do furto. A Concessionária Maracanã S.A informou, em nota, que recebeu a notificação judicial na noite desta sexta-feira e seus advogados estão analisando os termos da decisão.

Fonte: G1