segunda-feira, dezembro 26, 2016

'Não tem prova contundente contra ele', diz advogado de prefeito eleito de Osasco

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/A defesa do prefeito eleito de Osasco, Rogério Lins (PTN), disse na tarde desta segunda-feira (26), disse que não há provas contundentes contra o político que
foi preso neste domingo (25), após se entregar à polícia. Rogério Lins, que atualmente é vereador na cidade, estava foragido desde o dia seis de dezembro, quando teve a prisão preventiva decretada pela Justiça em mais uma fase da operação Caça-Fantasmas, do Ministério Público de São Paulo. Ele e mais 13 vereadores são acusados de contratar funcionários públicos fantasmas que não apareciam para trabalhar.
O advogado de Lins, Flávio Christensen, disse que o prefeito eleito, que passou a noite em uma cadeia comum, está bem, e quer responder a todas as acusações. "Temos documentos importantes que provam a inocência dele. Contra o que está sendo imputado a ele não tem prova contudente e cabal. A gente espera o Poder Judiciário se pronunciar. A gente acredita na Justiça", disse o advogado.
Entre os vereadores acusados, seis foram reeleitos. Segundo o Ministério Público, os políticos ainda ficavam com parte dos salários. Como não se trata de crime eleitoral, eles foram diplomados por procuração.
Se Rogério Lins ainda estiver preso no próximo domingo (1º), data da diplomação, quem tomará posse é a sua vice, Ana Maria Rossi (PR). Ana Maria é esposa do ex-prefeito de Osasco Francisco Rossi.
Caso Lins seja liberado até o dia 1ºde janeiro ele poderá assumir a Prefeitura porque ele foi diplomado na Justiça Federal por uma procuração.
Lins foi vereador no período de 2009 até 2012 e reeleito em 2013 para o mesmo cargo. Ele também já foi secretário da Indústria, Comércio e Abastecimento de Osasco e diretor de Esportes.
Flavio Christensen, advogado de Rogério Lins, prefeito eleito de Osasco (Foto: GloboNews/Reprodução)

Vídeo

Antes de embarcar para o Brasil, Lins gravou um vídeo negando as acusações. O material foi publicado por sua assessoria de imprensa no perfil do político no Facebook. No vídeo, ele afirma que estava em férias com a família no exterior, e alega que em seu gabinete "não existem funcionários fantasmas". O prefeito eleito também diz respeitar o Ministério Público e a Justiça, e que está retornando ao país "para que tudo fique esclarecido".
Desde o início da operação, 73 mandados de busca foram cumpridos. A denúncia foi oferecida no início de dezembro contra 217 pessoas, entre vereadores, assessores e fantasmas. Mais de 200 pessoas foram afastadas.
Dos vereadores presos, sete foram reeleitos nas eleições deste ano para mais um mandato. Entre eles, o Alex da Academia do PDT, o quarto mais votado.
Mais de 200 pessoas foram afastadas de seus cargos cautelarmente pela Justiça, a pedido do Ministério Público de São Paulo. A operação coordenada pelo promotor de Justiça Gustavo Albano estima que o esquema desviou R$ 21 milhões.
Também foram presos os vereadores Toniolo, Josias da Juco, Karen Gaspar e Valmomiro Ventura, entre outros.
Os advogados da maioria dos vereadores presos disseram que vão tomar conhecimento das acusações antes de falar. Já os advogados dos vereadores Toniolo e Josias da Juco negam qualquer hipótese de funcionários fantasmas em seus gabinetes.
Prefeito eleito
Rogério Lins (PTN) foi eleito prefeito de Osasco (SP) para os próximos quatro anos. Com 91% das seções apuradas, Lins teve 218.779 votos (61,21%). O atual prefeito Jorge Lapas (PDT) teve 138.625 votos (ou 38,79%).
Rogério Lins (PTN), de 38 anos, disse após saber de sua vitória que irá "tocar a Prefeitura" como fez com suas empresas. "Eu tive duas empresas na cidade, foram muito bem sucedidas". Lins ainda disse que quer "respeitar o dinheiro público da nossa população, é tolerância zero com a corrupção".
Lins, que derrotou o atual prefeito que se disputava a reeleição, Jorge Lapas, disse que irá rever todos os contratos vigentes. "Se não tiver prazo, qualidade e bom preço não vai trabalhar na cidade enquanto eu tiver administrando. Então com isso vai sobrar dinheiro pra gente gastar no que é prioridade".

Fonte: G1

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