Bancos em alguns estados do país suspenderam empréstimos consignados a funcionários públicos estaduais. O veto a novas operações ocorre em pelo menos duas unidades da Federação: Rio
de Janeiroe Tocantins.
O motivo é que o desconto da parcela do consignado vem sendo feito dos salários, mas os recursos retidos não estão sendo repassados às instituições financeiras pelos governos estaduais.
A situação reflete a crise fiscal dos estados. O Rio de Janeiro, por exemplo, suspendeu o pagamento de fornecedores e atrasou salários de servidores públicos.
Procurada pelo G1, a Federação Nacional de Bancos (Febraban) informou que não iria comentar sobre o assunto. "Cada banco está tratando de forma individualizada as propostas de regularização desses atrasos. Cabe aos Estados repassar aos bancos os valores descontados dos servidores relativos às parcelas devidas", afirmou.
A Associação Brasileira de Bancos (ABBC), que representa os pequenos e médios bancos de crédito, informou que não vai se pronunciar sobre o assunto.
Veja a situação em cada estado que está passando pelo problema:
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, os repasses referentes aos meses de abril e maio deste ano não foram pagos, o que gerou uma dívida de R$ 500 milhões com as instituições bancárias, segundo levantamento feito pela Secretaria de Estado de Fazenda. Esse débito foi parcelado e vem sendo pago - a secretaria, no entanto, não informa o número de parcelas.
"É uma situação muito delicada: o funcionário teve o desconto, cumpriu sua parte no pagamento e ainda precisa passar pelo constrangimento de receber cartas de cobrança bancária em sua casa. Há centenas de trabalhadores passando por isso. Se o governo não resolver esse problema, estudamos a possibilidade de entrar com uma ação por danos morais", disse ao G1 o advogado da Federação dos Servidores do Estado, Carlos Jund.
Tocantins
A Caixa Econômica Federal suspendeu os novos contratos de crédito consignado para os funcionários do governo de Tocantins. Os trabalhadores reclamam que os descontos são feitos no contracheque, mas o Estado não repassa os valores para os bancos.
Fonte: G1
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