terça-feira, janeiro 26, 2016

Gilvan garante Primeira Liga e diz que CBF 'tem medo da federação carioca'

Gilvan garante a realização da Primeira Liga em 2016 e dispara contra a CBFNão existe chance da Primeira Liga não ser disputada em 2016. Em entrevista ao ESPN.com.br, o presidente da entidade e também
do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, assegurou o início do campeonato na próxima quarta-feira, dia 27. Segundo ele, não há nada que a CBF possa fazer para os clubes voltarem atrás e adiarem a competição.

Gilvan revelou que, em encontro na sede da confederação, no Rio de Janeiro, o secretário-geral Walter Feldman confessou na última quinta-feira que não poderia punir os times. A orientação foi repassada por seu próprio departamento jurídico.

"Não vamos nos curvar diante de uma entidade enfraquecida e com medo de presidente de federação carioca", afirmou o dirigente.

O mandatário da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), Rubens Lopes, esteve presente no mesmo encontro e prometeu naquela ocasião liberar duas datas para que Flamengo e Fluminense pudessem entrar em campo. Ele voltou à CBF nesta segunda-feira para cobrar uma posição definitiva da entidade. Em seguida, ela publicou nota oficial proibindo a realização do campeonato.

Lopes era aguardado em Assunção, no Paraguai, para as eleições da Conmebol, mas preferiu seguir no Brasil por causa do conflito envolvendo a Primeira Liga.

ESPN.com.br - Como a Primeira Liga reage à mudança de postura da CBF e proibição do campeonato?

Gilvan Tavares - Mandei soltar nota oficial quando fiquei sabendo do comunicado da CBF. A Primeira Liga continua da mesma forma. Não há nada que a CBF possa fazer que venha a nos forçar a mudar (de posição). A não ser que venha a suspender os clubes, 10 deles da Série A.

Ela autorizou o campeonato. Não pode vir querer avacalhar os clubes 72 horas antes da primeira rodada. A lei brasileira nos permite jogar e é isso que vamos fazer.

ESPN - Então, todos concordaram em seguir com a competição?

Gilvan - Todos estão dispostos a dar sequência. Entramos em contato imediato com os clubes (após o comunicado). Os jogos estão com os seus detalhes organizados, somos pessoas responsáveis, devemos satisfação aos torcedores. Não vamos nos curvar diante de uma entidade enfraquecida e com medo de presidente de federação carioca, que acha que pode mandar em todos os demais.

ESPN - Surpreendeu esse recuo da CBF?

Gilvan - Apenas para dar um exemplo, até a tabela foi discutida com a CBF. Ela ajudou em sua construção. Como quer proibir agora?

ESPN - Na reunião anterior, vocês discutiram até um possível boicote ao Brasileiro como resposta à CBF e à Ferj. Existe chance disso acontecer agora ou as conversas prosseguem?

Gilvan - Nós vamos manter diálogo com a CBF. É claro que não mais nesta semana. Os clubes têm compromissos na quarta e quinta-feira. Posteriormente, se a CBF quiser, vamos conversar sobre 2017.

ESPN - Em Assunção, no Paraguai, o presidente interino da CBF, Coronel Nunes, disse que ainda precisava se inteirar sobre o assunto. Mas ele assina o comunicado da entidade. Como o senhor enxerga isso?

Gilvan - Para você ver como é. Fica o (Walter) Feldman com medo do Rubinho. Estive com os dois no último dia 21 (quinta-feira). Rubinho autorizou duas rodadas, agora e em fevereiro. Mas ele não manda na liga. O Feldman disse para ele na minha presença que não poderia nos punir. O Feldman foi notificado pelo (departamento) jurídico (da CBF) orientando que eles não poderiam (punir os clubes). Agora voltou atrás com uma nota que ninguém sabe quem assinou.

Fonte: ESPN

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