quarta-feira, julho 29, 2015

Fraudes em Umarizal se estendem a outros municípios, revelam promotores

PGJ denunciará prefeito afastado (Foto: Wellington Rocha/PortalNoar)O esquema de fraudes desarticulado nesta quarta-feira (29) pelo Ministério Público do Estado no município de Umarizal tem ramificações em outras cidades, informaram os promotores
envolvidos na investigação.

Na Operação Negociata, o prefeito de Umarizal, Carlindson Onofre Pereira de Melo (DEM) foi afastado. Ele e mais nove pessoas são investigadas por desvio de recursos através de fraudes em empréstimos bancários. Até a publicação desta reportagem, cinco pessoas haviam sido presas, incluindo o ex-prefeito Rogério Fonseca. Um sexto mandado de prisão preventiva está em aberto, mas o nome do alvo não foi revelado na coletiva de imprensa que promotores concederam na Procuradoria Geral de Justiça, com participação, via teleconferência, de membros do parquet em Martins.

As investigações, que se iniciaram no ano passado, indicaram que havia um esquema de fraude através de empréstimos ao Banco Gerador. Segundo os investigadores, a mesma unidade bancária é a utilizada em esquema semelhante que está sendo apurado em outras cidades. Os promotores preferiram não revelar que municípios são esses. Eles confirmaram, no entanto, que o prefeito afastado cooptou terceiros de outras regiões para o esquema. O banco é considerado vítima do bando.

Para viabilizar a fraude com recursos públicos, um grupo de 98 pessoas teve declaração de vínculo dada pela Prefeitura de Umarizal, o que permitiria contratar empréstimo consignado. A contratação foi feita através de um correspondente bancário, a Nordeste Serviços, que tinham um funcionário ciente do esquema de fraudes. O rombo aos cofres de Umarizal já soma R$ 2.043.625,34.

Com o depósito do dinheiro nas contas, os beneficiários repassavam os valores aos integrantes da quadrilha. Em depoimento, parte desses beneficiários informou que cederam seus dados em troca de promessa de emprego ou outros favores na Prefeitura de Umarizal. Alguns testemunhas também declararam que o dinheiro serviu para irrigar a campanha para prefeito de Carlindson.

O chefe do Executivo de Umarizal permanecerá afastado do cargo, por decisão do desembargador Expedito Ferreira de Souza, para não utilizar a estrutura da prefeitura em desfavor da investigação. Para voltar ao cargo, ele precisará de uma medida suspensiva, que poderá ser feita ao Tribunal de Justiça.

Segundo o procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis, a quem cabe processar o prefeito, Carlindson será denunciado, pelo menos, por associação criminosa, peculato, estelionato. São ainda crimes investigados: falsificação de documento público e falsidade ideológica, além de outros.

A reportagem do portalnoar.com ainda não conseguiu localizar os advogados responsáveis pela defesa dos citados.

Fonte: Portal Noar

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