quinta-feira, julho 02, 2015

Após 'pesadelo' com dólar falso, pai e filha se dizem 'aliviados' nos EUA

Amanda e o seu pai, João, não se viam há um ano (Foto: Amanda Parris / Acervo Pessoal)Após mais de uma semana de angústia, a jovem Amanda Parris e seu pai, João Neto, finalmente estão conseguindo aproveitar o tempo que têm juntos nos Estados Unidos. Os dois vinham sendo
investigados pela polícia norte-americana por tentarem depositar, no estado do Texas, dólares falsos adquiridos na agência central do Banco do Brasil no Recife. Depois de o BB se comprometer em prestar toda assistência à família e também enviar documentação às autoridades dos EUA provando a inocência dos dois, pai e filha agora vão curtir o resto da viagem planejada. 
Nesta quinta-feira (2), houve uma reunião entre Amanda, João e os representantes do Banco do Brasil, no Texas. Além de pedir desculpas, a instituição garantiu que a situação dos dois está normalizada no território norte-americano. "O advogado disse que não tem nenhum problema para meu pai deixar o país", contou Amanda ao G1. 
Banco do Brasil confirmou que há 6 casos de venda de dólares falsos; outras 13 transações estão sob investigação (Foto: Vitor Tavares / G1)BB disse que problema ocorreu por falha na
verificação de cédulas (Foto: Vitor Tavares / G1)
Quando os dois foram pegos com as cédulas falsas, os policiais texanos fizeram uma notificação e disseram que João Neto não poderia voltar ao Recife.
Amanda é estudante de administração e mora em Houston. "Vamos começar a curtir um pouquinho das nossas férias. Na época, tinha tirado férias e agora voltei a trabalhar [como babá]. Então, não vai ser a mesma coisa. Estou tentando convencer ele a ficar mais uns dias, porque não aproveitamos nada, mas isso vai depender dele, por causa dos negócios no Brasil. Estamos bastante aliviados porque a situação está sendo resolvida, mas acreditamos que é mínimo que o BB podia fazer por a gente", afirmou a jovem. Agora, pai e filha devem aproveitar o tempo juntos. Os dois não se viam há um ano, e João Neto foi passar 11 dias com Amanda. Ele deve retornar ao Recife no próximo sábado (4).
Quando denunciou o caso dos dólares falsos, a jovem pernambucana estava preocupada porque estava sendo investigada oficialmente por um crime que não cometeu. Na época, Amanda pedia que o BB enviasse um documento oficial provando que o erro partiu da instituição financeira. Na quarta (1º), após uma reunião com o Procon-PE, que tinha proibido a instituição financeira de fazer operações de câmbio em Pernambuco, o BB confirmou que já tinha enviado a documentação ao Departamento de Polícia de Galveston. Amanda recebeu a cópia dos papéis.
Os dias que se seguiram foram considerados um "pesadelo" pela família. "Com certeza isso vai ficar marcado, vamos lembrar para sempre da hora em que a polícia chegou no banco para nos autuar, um pesadelo. Não há nada que apague isso", lembrou Amanda. "Ainda estou sentido pelo que ocorreu. Não acredito até agora, é como se estivesse adormecido", finalizou João Neto.

Investigação após depósito
Amanda e seu pai tentavam fazer um depósito em um banco na cidade de Galveston, no dia 24 de junho, quando uma funcionária detectou que as cédulas que tinham eram falsificadas. Os dois passaram a ser investigados pela polícia norte-americana e não podiam deixar o país até a situação ser esclarecida.

A funcionária que fazia a transação acionou a polícia imediatamente. Os policiais chegaram ao local e constataram, pelo número de série, a falsificação do dinheiro, notificando João e Amanda pelo porte das cédulas. No local, além de colher informações pessoais dos dois, disseram que João não poderia voltar ao Brasil até a conclusão das investigações. De acordo com a família, a compra dos dólares foi feita na agência do BB no Recife, em 18 de junho.

Fonte: G1

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