segunda-feira, fevereiro 09, 2015

Risco de epidemia da febre Chikungunya deixa a Sesap preocupada

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Balanço realizado pelo Ministério da Saúde aponta que houve um crescimento de 57% no número de casos notificados da dengue no mês de janeiro em relação ao mesmo
período do ano passado. No Brasil, já foram notificados 40.916 casos – em janeiro do ao passado, eram 26.017. O que chama atenção é que o avanço ocorre fora da época de maior incidência da doença, prevista para os meses de março e abril. O aumento inesperado acendeu o alerta do Governo Federal. No Rio Grande do Norte, os dados mais atualizados, divulgados na semana passada, não correspondem ao mês de janeiro, mas há o alerta para o aumento da doença nos próximos meses, inclusive, com o risco de infestação da febre Chikungunya.

A subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde Pública, Stella Leal, explica que o mosquito transmissor da dengue é o mesmo do Chikungunya, portanto, requer os mesmos cuidados de prevenção e controle. No entanto, o vírus se apresenta com um caráter endêmico, em que 35% a 70% da população pode se infectar, rapidamente, em questão de semanas ou meses.

“Ainda não temos nenhum caso confirmado no RN, mas, infelizmente, dispomos de um ambiente propício para a chegada do mosquito. Hoje temos um índice de infestação predial em relação ao mosquito da dengue que ultrapassa os 70%. Não descartamos uma epidemia, mas estamos alertas e vigilantes. Já desenvolvemos diversas ações, inclusive de capacitação com médicos, enfermeiros e agentes de saúde para lidar com a doença”, ressalta Stella Leal.

Atualmente, a Chikungunya já é feita por transmissão sistemática – aquela que o indiviíduo adquire no próprio território – em quatro estados brasileiro: Amapá, Bahia, Distrito Federal e Mato Grosso. A preocupação recai sobre a Bahia que deverá receber milhões de foliões, de todo o pais, durante o carnaval, na capital soteropolitana. “Esse risco existe, a população precisa ficar atenta, pois se prevenindo contra a dengue, também se preveni contra a Chikungunya”.

A febre Chikungunya é uma doença causada por um vírus do gênero Alphavirus. Transmitida por mosquitos do gênero Aedes (aegypti e albopictus), apresenta sintomas similares da febre hemorrágica da dengue. Neste ano, já foram notificados 23 novos casos no país – a maioria em cidades da Bahia e Goiás. Em 2014, foram 2.847 casos notificados.

Assim como a dengue clássica, a sintomatologia da Chikungunya não possui tratamento específico e é agravada pela duração prolongada de alguns sintomas, como dor nas articulações, que podem durar anos. O período de incubação do vírus vai de um até, no máximo, 12 dias.  A infecção pelo vírus provoca febre alta, dor de cabeça, dores articulares e dores musculares. Clinicamente está dividida em três formas: Aguda, subaguda e crônica.

DENGUE

O último boletim da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) aponta que o Rio Grande do Norte apresentou 13.369 casos notificados como suspeitos de dengue, entre o início de 2014 até o dia 3 de janeiro de 2015, o que aponta uma queda de 46,45%, em comparação ao total de notificações referentes ao ano de 2013 (24.965 casos). Stella Leal lembra que a dengue é uma epidemia de comportamento cíclico e que há três tipos de sorotipos do vírus circulando no estado. “Precisamos manter a vigilância e fazer o dever de casa. Nós temos que cortar a cadeia do vetor, através do controle”.

Quanto aos óbitos, foram notificados 41 casos suspeitos, dos quais se confirmaram 25. Esses dados mostram uma redução de 21% em relação ao ano de 2013, quando foram registrados 52 casos suspeitos. A letalidade da doença também caiu: de 28,68%, em 2013, passou para 16,34%, em 2014, correspondendo a um decréscimo de 43,02%. Do total de municípios do RN, 55 apresentam alta incidência da doença, 34 estão com média, 62 com baixa e 16 com incidência silenciosa.

Fonte: Portal JH

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