Palmeirenses que enfrentaram PM ficarão longe de estádios por 3 anos

Seis torcedores da Mancha Verde que se envolveram em uma briga com a Polícia Militar na tarde de domingo (8) se comprometeram a ficar longe dos estádios por três anos, informou o SPTV nesta

segunda-feira (9). Se não aceitassem a pena alternativa, os seis poderiam ser condenados a até dois anos de prisão.

Antes do jogo entre Palmeiras e Corinthians pelo Campeonato Paulista, torcedores entraram em confronto com a polícia ao tentar invadir uma área neutra, delimitada pela polícia para que as duas torcidas não se encontrassem. Também houve confronto quando um grupo de 200 torcedores cercaram um carro da polícia nas imediações do estádio.

Os torcedores jogaram pedras e paus nos policiais, que responderam com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral e balas de borracha – o que dispersou o grupo na região do estádio Allianz Arena, em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo.  Do outro lado, corintianos também tentaram invadir a área neutra e a polícia reagiu.

Policiais e um cinegrafista teriam se ferido na confusão. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Militar,  os torcedores foram detidos e encaminhados para a Drade (Delegacia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva).

Na semana passada, o Ministério Público recomendou que o clássico fosse um jogo de uma torcida só. O Corinthians entrou na Justiça, pressionou e conseguiu a cota de ingressos para os visitantes. Agora, os promotores vão estudar novas recomendações para os próximos clássicos. E instaurar inquérito para investigar eventuais responsabilidades da Federação Paulista de Futebol e dos dois clubes sobre a confusão de domingo.

Embora as duas torcidas não tenham se enfrentando, o Ministério Público acredita que com uma torcida só, não haveria tamanha confusão. O promotor Roberto Senise Lisboa diz que os dois clubes e a federação poderão responder a uma ação civil pública para o pagamento de uma indenização por danos morais difusos, danos à coletividade, cujo valor será fixado pelo poder judiciário.

A Federação Paulista é contra jogo sem a torcida visitante.  E, por enquanto, não vai punir ninguém. O diretor de segurança e prevenção da Federação Paulista de Futebol, Marcos Cabral Marinho de Moura, afirma que a entidade aguarda a posição da PM e da Justiça. "Por enquanto nós vamos trabalhar como a gente sempre trabalha. Todos os eventos são planejados com a Polícia Militar. Vamos continuar nesse processo."

Torcedores entraram em confronto com a Polícia Militar (Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo)

Torcedores do Corinthians brigaram entre si e pularam em cadeiras dentro do estádio. Por telefone, o assessor de imprensa do Corinthians disse que, se for cobrado, o clube vai pagar pelo conserto do estádio. O Palmeiras não quis comentar o caso. A empresa que administra a arena disse que 44 cadeiras foram quebradas na área do Corinthians, prejuízo de R$  17,5 mil. Ainda falta calcular a destruição nos banheiros.

Fonte: G1