terça-feira, fevereiro 10, 2015

Corinthians confirma calote de R$ 2,8 milhões e cita pressão de agentes para liberar Ralf

Ralf tem contrato com Corinthians até 31 de dezembro deste anoO Corinthians confirmou na Justiça que, de fato, deu um calote nos agentes do volante Ralf, em dívida que hoje gira em torno de R$ 2,8 milhões. Só que o clube apelou aos
princípios de boa-fé para tentar derrubar a ação que hoje corre na 36ª Vara Cível.

Conforme apurou o ESPN.com.br, o clube se defendeu dizendo que realmente não pagou as seis parcelas restantes de 140 mil euros pela compra dos direitos de Ralf. A justificativa para o calote, no entanto, é curiosa: pois não recebeu nenhuma proposta pelo jogador. Assim, sem dinheiro, não pôde quitar a dívida.

"A expectativa de negócio envolvendo os direitos econômicos do jogador Ralf não foram adiante por causa das condições negociais de mercado que sofreram drástica alteração, com retração dos clubes de futebol e dos investidores, ou seja, ausência de proposta para aquisição", alegou o Corinthians na ação.

"A relação estabelecida entre as partes ora em litígio decorre de boa-fé, tanto que no negócio realizado houve o pagamento da primeira parcela de 245 mil euros e mais seis de 140.000,00 mil euros restando pendente as últimas seis parcelas no mesmo valor", continua o clube em sua defesa.

"Assim sendo, invoca-se a boa-fé existente nos negócios disponíveis de natureza civil, como é o caso aqui presente", pede o Corinthians na Justiça.

A GP Sports Management Consultoria Esportiva ingressou com ação monitória contra o Corinthians por conta de um calote em transação do volante Ralf, titular absoluto do clube alvinegro há alguns anos.

Pressão para Ralf deixar o clube

O ESPN.com.br apurou que a empresa exige R$ 2.797.813,42 por conta de parte dos direitos do jogador vendidos em 2012, após a Libertadores, época que a Fiorentina quase levou o atleta, no que foi a última proposta pelo jogador recebida pelo clube alvinegro. Na ação, o Corinthians ainda alega pressão dos empresários para vender o atleta.

"É necessário expor os fatos da forma como ocorrerem, ou seja, deixar claro que o Corinthians teve que forçosamente adquirir os direitos econômicos do jogador, sob pena do mesmo vir a ser negociado pela autora, desfalcando o time de futebol na disputa do Campeonato Mundial de Clubes da FIFA em 2012. A requerente não diz que exerceu enorme pressão junto aos dirigentes do Corinthians para a liberação do atleta e concretização da sua transferência internacional", escreveram os advogados alvinegros.

Na ocasião, os direitos de Ralf eram 20% da empresa Luiz Fernando assessoria esportiva, do conselheiro Fernando Garcia, irmão do candidato Paulo Garcia; 47,5% com o Corinthians; 16,25% com Ralf e 16,25% com a GP Sports. Só que uma proposta da Fiorentina após a Libertadores de 2012 obrigou o Corinthians a comprar os 32,5% da GP e de Ralf, visando manter o atleta para o Mundial de Clubes.

Documento mostra parcela que Corinthians não pagou a empresários

Fonte: ESPN

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