segunda-feira, fevereiro 02, 2015

Conjuntivites são comuns durante o verão e mais ainda no carnaval

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/A primeira fase do alto verão se foi, mas ainda está por vir uma fase ainda maior de aglomeração: o carnaval. Nesse período, doenças
como as conjuntivites virais são se disseminam com mais facilidade em função do contato pessoa-pessoa muito mais frequente. “Essa época do ano é quente e úmida associada a aglomerados de pessoas”, informou o oftalmologista Cristian Cyro Bezerra.

O uso compartilhado de toalhas, redes, travesseiros e outros itens do tipo comuns em casa de praia são os principais meios para transmissão. A água de piscinas, banheiras e balneários, lagoas e lugares com água parada em geral também favorecem a disseminação de conjuntivites.

Para piorar a situação de quem quer aproveitar os últimos momentos do verão, os vírus que atacam os olhos também podem atingir as vias respiratórias. “É muito comum o paciente ter antes da conjuntivite viral, um acesso de resfriado, coriza, febre, ou associado ao próprio quadro viral durante a conjuntivite”, explicou o médico.

Em geral, as crianças são as mais susceptíveis. “Não existe a faixa etária mais propícia, mas a faixa etária que tem mais contato. As crianças estão compartilhando brinquedos, toalhas, pranchas. O intercâmbio de cultura viral é grande”, disse. Mas em época de carnaval o compartilhamento de objetos, que deveriam ser descartáveis ou estritamente pessoais, facilita a doença em todas as faixas.

De acordo com Bezerra, logo nos primeiros sintomas (principal deles, o olho avermelhado), o paciente deve procurar um oftalmologista para diagnosticar com exatidão o problema. Com um tempo, a coceira, a sensação de corpo estranho (de areia no olho), secreção, dor ao ver luz e pálpebras inchadas também começam a acompanhar o paciente.

Segundo o oftalmologista, o tempo ideal de isolamento é de sete a 14 dias. “Isso é para evitar que o paciente seja um multiplicador viral. Para evitar que ele passe a mão nos olhos e pegue no trinco na porta; esteja tomando banho de banheira, de piscinas, de lagoa com outras pessoas e aí disseminar o vírus”, falou.

Com raras exceções, a doença é “autolimitada”, ou seja, o próprio corpo trata de expulsar o vírus do olho. “O indicado é uso de lenço descartável, toalha descartável [de papel], compressa gelada, evitar por as mãos nos olhos, permanecer no seu quarto assistindo a televisão, se não tiver com fotofobia, e lendo um bom livro”, orientou.

Quando a sensação de areia no olho é insuportável ou as pálpebras ficam muito inchadas há paliativos. “O uso de lágrimas artificiais pode ser usado bastante quando o paciente se queixa muito de corpo estranho. Naqueles quadros em que a pálpebras estão bastante inchadas, receitamos anti-inflamátórios. Para completar, vitamina C e cama”, sentenciou.

Em poucos casos há a criação de uma camada sobre a parte branca do olho. Além disso, a lágrima com cor esverdeada indica uma infecção oportunista. Quer dize que o olho está sendo atacado tanto por um vírus quanto por uma bactéria. “Alguns desses vírus podem gerar pseudomembranas na conjuntiva superior ou então quando se tem uma infecção oportunista por bactéria, aí sim se entra com algum antibiótico e o oftalmologista tem que remover”, ressaltou.

Toda inflamação ou infecção da conjuntiva – a parte branca do olho – é considerada uma conjuntivite. Há, por exemplo, as conjuntivites alérgicas, que podem ser duradouras ou temporárias. “O que são mais comuns são pelos de animais, ácaros, tinturas para cílios e o pólen das flores”, informou Cyro Bezerra.

Automedicação

Água boricada e soro fisiológico não são recomendados para todos. Bezerra insiste que para usar esses recursos é necessário antes consultar um médico. “Existe uma corrente que é contra o uso de água boricada. Vamos supor que o paciente seja alérgico ao boro. Se você for fazer uma compressa com água boricada, além de uma conjuntivite viral, vai ganhar uma conjuntivite alérgica”, disse.

O recipiente do soro, por exemplo, pode ver um criadouro de microorganismos. “Aquele soro fisiológico de uma pessoa que usa para limpar as lentes de contato de forma errônea e deixa lá na geladeira aberto por três, cinco dias, um mês. Então, ali está todo colonizado por bactérias. Você vai jogar no olho um soro cheio de bactérias e ganhar uma conjuntivite bacteriana aguda”. Enquanto não conseguir ter acesso a um especialista, o ideal é fazer compressa de água gelada nos olhos com água mineral.

Fonte: Portal JH

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