segunda-feira, fevereiro 02, 2015

Robôs vão atuar como assistentes de enfermagem para combater Ebola

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/Xenex, Aero e Mutt parecem simples máquinas, mas não. Eles são robôs como o Atlas, que tem aparência e movimentos de um ser humano.


Todos estão sendo preparados para uma importante missão: ajudar no combate a grandes epidemias. A primeira delas é o Ebola, que tem mais de 22 mil casos confirmados e já causou quase 9 mil mortes no último ano, principalmente na África.

A doença é uma das mais mortais que existem. A contaminação se dá pelo contato direto com o sangue, secreções e fluídos corporais como saliva, suor, urina e fezes de pessoas e animais infectados. E mesmo com a proteção de roupas especiais, profissionais de saúde frequentemente são infectados quando tratam pessoas com o vírus.

Com o esquadrão que vem sendo desenvolvido no Instituto Politécnico de Worcester, este tipo de contágio está com os dias contados.

A construção de robôs assistentes de enfermagem levaria muitos anos e o governo americano tem pressa. Por isso, pediu para pesquisadores de várias universidades do país adaptarem robôs já existentes para atuarem na luta contra o Ebola.
E o Baxter é um deles. Ele foi criado para trabalhar em fábricas. Tem habilidade nas mãos. Pode, por exemplo, dobrar com perfeição uma camiseta.

No centro de robótica, ele está sendo adaptado para retirar a roupa de proteção dos médicos. Um momento muito perigoso para a contaminação.

“O robô poderia segurar a vestimenta por trás e você faria um movimento para sair da roupa. Sem ter que mover suas mãos ou tocar o seu rosto e se infectar”, explica o professor de engenharia da computação Dmitry Berenson.

As câmeras são os olhos do robô Aero. “Criamos um espaço para ele armazenar substâncias que possam matar o vírus. Com vaporizadores nos braços, ele vai desinfetar os ambientes”, conta o professor de engenharia da computação Taskin Padir.

Exatamente o que o robô Xenex faz, mas de maneira diferente. O robô exibe uma luz 25 mil vezes mais intensa do que a luz do Sol. Capaz de desinfetar um quarto inteiro com tudo que estiver dentro em poucos minutos. Ele já é usado em 250 hospitais americanos, e também deve se juntar a missão de combate ao Ebola.

Taskin Padir: Nosso objetivo é estar com esses robôs prontos nos próximos seis meses, até um ano.
Fantástico: Quais as dificuldades de implantar esse projeto nos países afetados?
Taskin Padir: Essas regiões estão entre as mais pobres do mundo. Nós precisamos de energia, nós temos? Nós temos uma comunicação eficiente? Questões como estas ainda sendo discutidas.

Outro desafio é criar tendas especiais onde o contato entre profissionais e doentes seja o mínimo possível. Um projeto que já está aprovado e já tem o financiamento do governo americano.
Na tenda, os pacientes vão continuar isolados, mas conectados. Os robôs enfermeiros vão levar água, comida e medicamentos. A temperatura dos doentes será medida e enviada para os médicos através de câmeras de raios infravermelhos. E através de um monitor, os pacientes vão poder falar com os médicos e com seus parentes.

A distância dessa comunicação remota entre médico e paciente pode ser desde alguns passos até de um país para outro. Renata Ceribelli está em Nova York, nos Estados Unidos, e comanda o robô do Fantástico, o Tilt, através de um celular para fazer uma entrevista no Rio de Janeiro.

Renata Ceribelli: Eu estou chegando até a médica infectologista, Marilia Santini. Você acredita realmente essa tecnologia dos robôs pode ajudar a evitar a proliferação do Ebola?
Marilia Santini: Vai ser um auxílio. Porque não vai evitar que o médico tenha que examinar o doente, que um profissional de saúde tenha que puncionar uma veia, abrir um soro. Mas acredito que se ajudar em outras formas de diminuir o contato, limpar o quarto, trocar o lençol. Seria uma grande ajuda.
Renata Ceribelli: Você ficaria à vontade para atender um paciente através de um robô?
Marilia Santini: A gente tem que ter confiança absoluta de como funciona. O que ele é capaz de fazer, qual altura da cama que ele atende.
As pesquisas da robótica não param. Felipe Polido, engenheiro brasileiro, acredita que no futuro os robôs enviados para áreas de epidemia terão um formato humanoide, como o Atlas, com o qual ele trabalha hoje.

“A ideia do humanoide é que ele pode operar em uma área que os humanos operam. O formato de um humano entra dentro de um carro, e ele consegue operar o volante, dirigir os pedais. Com certeza no futuro, robôs vão poder fazer isso. Eu diria daqui a uns cinco anos”, prevê o engenheiro de robótica.


Fonte: Fantástico

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