quarta-feira, setembro 17, 2014

Mulher denuncia a filha e o marido dela por maus tratos ao neto de 4 anos

Criança aparecia frequentemente com ferimentos. Foto: DivulgaçãoUma moradora do Distrito Federal fez uma denúncia no Conselho Tutelar contra a própria filha e o marido dela. A acusação é de maus
tratos do neto de apenas quatro anos. A mulher gravou um vídeo em que a criança diz não querer voltar para casa. A avó afirma que frequentemente ele chorava para ficar em sua casa e muitas vezes quando chegava, estava ferido.

“Quando eu falava que a mãe dele ia buscá-lo, ele chorava e não queria ir. Eu gravei o vídeo para mostrar pra mãe dele, mas ela sempre dizia que era mentira minha.”

Sobre os ferimentos, a mulher disse que a filha nunca conseguia explicar.  A avó conta que o menino sempre morou com a mãe e desde que ela foi morar com o namorado, a criança mudou muito o comportamento.

“Ele chegava machucado e quando eu perguntava, ele entrava em desespero. Não queria falar. Como se tivesse sendo ameaçado.”



A mulher tentou falar com a filha, que não quis tratar sobre o assunto. Foi então que ela procurou o Conselho Tutelar de Santa Maria Norte e se surpreendeu com o que descobriu.

“Já tinha três denúncias pelo Disque 100. Ela já tinha comparecido ao Conselho Tutelar e eu só fiquei sabendo disso lá. E as denúncias já tinham sido encaminhadas para a DPCA [Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente]. A avó foi até a delegacia e também relatou os fatos.”

Segundo a delegada da DPCA, Valéria Martirena, o inquérito foi concluído, mas não há como provar se as lesões encontradas foram feitas pelo padrasto ou pela mãe da criança.

Todos os laudos e inquérito foram encaminhados ao Ministério Público. Se ficar comprovado que houve maus tratos, os suspeitos podem ser penalizados.

Na escola

A mãe do menino trabalhava na mesma escola que ele estudava. Segundo a direção da unidade, nos últimos meses ele estava mais triste, constantemente aparecia machucado e já tinha mais de 50 faltas em três meses. A direção questionou a mãe e um conselheiro tutelar pediu que a ela comparecesse com a criança a uma delegacia. A jovem não foi e não apareceu mais para trabalhar na escola.

Logo após ser questionada pela diretora, a mulher entrou na escola e pegou o menino. As câmeras de segurança mostram que o padrasto, que foi impedido de entrar na unidade, quebrou as grades e empurrou o segurança para entrar no local. O caso foi denunciado na delegacia de Santa Maria.

Guarda provisória

Um documento do Conselho Tutelar sugere que o pai da criança tenha a guarda provisória da criança. Decisão acatada pela Justiça.

Fonte: R7

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