terça-feira, setembro 30, 2014

China respalda autoridades de Hong Kong e diz que protestos são ilegais

Manifestantes bloqueiam rua próxima a sede do governo de Hong Kong, na China. Dezenas de milhares de ativistas pró-democracia estenderam o bloqueio de ruas, estocando suprimentos e erguendo barricadas improvisadas (Foto: Carlos Barria/Reuters)A China transmitiu nesta terça-feira (30) o apoio total ao governo de Hong Kong ante as manifestações que exigem de Pequim as reformas políticas prometidas à ex-colônia
britânica.
"Apoiamos completamento o governo da região autônoma especial de Hong Kong para tratar este problema", declarou a porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying. "Somos contrários a todas as ações ilegais em Hong Kong", afirmou.
Manifestações pró-democracia levaram milhares de pessoas, a maioria jovens, às ruas de Hong Kong. Esse protesto causou espanto porque tradicionalmente a população de Hong Kong, um importante centro financeiro, mostra indiferença em relação às questões políticas.
A cidade de Hong Kong é ex-colônia britânica e tem um sistema de governo diferente do restante da China – com liberdade econômica e relativa liberdade política, com diversos partidos.
Mais cedo, o chefe de Governo de Hong Kong, Leung Chun-ying, exigiu o fim imediato das manifestações.
"Os fundadores do Occupy Central disseram, várias vezes, que se o movimento saísse do controle eles apelariam por seu fim. Peço hoje que respeitem seu compromisso e suspendam imediatamente sua campanha", declarou Leung Chun-ying após os choques registrados na noite de domingo entre manifestantes e a polícia.
Os manifestantes pró-democracia prometeram dar continuidade à ocupação do centro do território, uma importante praça financeira, enquanto o governo de Pequim não cumprir as promessas políticas feitas quando Londres devolveu Hong Kong em 1997.

Estudantes ativistas dormiram nas ruas durante manifestações contra o governo de Hong Kong (Foto: Wong Maye-E/AP)

Os manifestantes exigem um sufrágio universal sem condições e não aceitam a manutenção, para 2017, do controle de Pequim sobre os candidatos para comandar o governo local.
A porta-voz da diplomacia chinesa criticou países, como Reino Unido e Estados Unidos, que se pronunciaram sobre a crise em Hong Kong e pediu que não interfiram, de um modo ou outro, nos assuntos internos da China.
Londres manifestou preocupação com a situação em Hong Kong e pediu conversações "construtivas". Washington pediu moderação ao governo de Hong Kong e anunciou que expressou a Pequim seu apoio a um sufrágio universal pleno no território.


Fonte: G1

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