A exibição da farra dentro do maior presídio de Alagoas - embalada pelo funk e regada a cerveja, maconha e churrasco, detonou uma crise entre as autoridades de segurança pública
O resultado das apreensões impressionou até o secretário de Ressocialização. Quase 30 litros de bebida alcoólica armazenados em garrafas peti, dezenas de celulares e carregadores, cerveja, armas artesanais e talhares de metal. Tudo dentro das celas de um único módulo do presídio.
Ainda nesta quinta-feira, mais um dos presos festeiros foi identificado. O homem que aparece sorridente exibindo o churrasco com garfo e faca na mão, e mostrando cerveja, trata-se do reeducando Galvão, gerente em Alagoas, de uma facção criminosa que atua nos presídios brasileiros. Galvão ganhou notoriedade na imprensa na semana passada quando foi apontado pelo setor de inteligência da Polícia Militar como chefe da trama que ofereceu 50 mil reais para assassinar um cabo da PM, que por causa de operações militares, teria provocado um rombo milionário nos negócios da facção.
À tarde, o Conselho de Segurança Pública do estado convocou uma reunião de emergência. Além dos conselheiros, estavam presentes o juiz e promotor da Vara de execuções penais e o secretário de ressocialização do estado. A reunião não pode ser acompanhada pela imprensa que só teve acesso ao início do encontro.
O presidente do conselho explicou na prática como tudo vai acontecer. A Polícia Militar e os agentes vão trabalhar em conjunto. A recomendação já chegou a ser discutida com o secretário de Defesa Social do estado e deve ser autorizada ainda nesta sexta-feira pelo governador Teotônio Vilela.
Outra medida anunciada é a aceleração da apuração de processos contra agentes penitenciários que respondem na Corregedoria por práticas irregulares dentro do sistema prisional. O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários também falou sobre o assunto. Para ele, a culpa pela instabilidade do Sistema Prisional não pode recair apenas sobre os agentes. Já que apenas 5 servidores seriam responsáveis pela segurança de toda a unidade. O sindicato disse ainda que vai pedir na Justiça a interdição total do presídio Baldomero Cavalcanti.
Reprodução Cidade News Itaú via TNH1
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