terça-feira, maio 27, 2014

Pai de rapaz morto por policiais questiona versão dada pela PM

 http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/O vendedor Alfredo Périco, pai de Brayan Carlos Périco, de 18 anos, morto por policiais militares, questiona a justificativa da Polícia
Militar de que o rapaz foi alvejado porque representava perigo a um dos agentes. Brayan e um amigo – que também foi morto – estavam na Rua Clara Filla, no bairro São Brás, em Curitiba, na noite de sexta-feira (23), quando foram abordados pelos policiais. Para o pai, o motivo da morte é uma briga entre o soldado Geraldo Mário da Conceição e o filho dele em 2012. Nesta terça-feira (27), a delegada Mácia Rejane Marcondes afirmou que investiga o caso e aguarda laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico-Legal (IML). Por meio de nota oficial, a Corregedoria da Polícia Militar afirmou que também apura os homicídios.

Segundo o Boletim de Ocorrência (B.O), o soldado Geraldo Mário da Conceição estava dentro do carro esperando por uma pessoa. Ele estava acompanhado por uma equipe de inteligência da Polícia Militar porque teria recebido ameaças de morte. Ainda conforme o B.O, os policiais teriam percebido a aproximação de dois jovens armados e atiraram para salvar a vida de Geraldo Mário da Conceição. Foram onze tiros - cinco disparados pelo soldado Geraldo Mário da Conceição, e outros seis que saíram da arma do tenente Adilson Martendal de Oliveira Santos, que estava do lado de fora do veículo. No B.O, consta que os dois jovens não atiraram.

“Essa é a versão deles. Onde estão as armas? Se houve um confronto, onde estão neste boletim os tiros que deflagraram o meu filho e o menino que estava com ele? Fizeram o exame de pólvora na mão deles? Não tem tiro dos meninos e sim onze para uma abordagem policial de dois meninos”, questiona Alfredo Périco. As denúncias prosseguem. O pai afirma que, depois do assassinato, policiais entraram na casa da mãe de Brayan sem mandado judicial. “Entraram com a arma em punho e mandaram sair, invadiram a casa jogando coisas para cima, derrubando móveis e tudo mais. Arrombaram o carro dele [do Brayan], quebraram o retrovisor, destruíram o carro por dentro”. Quanto à acusação do pai de Brayan de que policiais entraram na casa da família na noite do crime, a Corregedoria disse que desconhecia a situação, mas que agora deve verificar os fatos.
De acordo com Alfredo Périco, em 2012, um policial à paisana parou na frente da casa de Brayan afirmando que o rapaz estava atirando pedras em carros. À época, o jovem tinha 16 anos. “Simplesmente chegou espancando o Brayan. Socos na cara e na boca, e meu filho teve que fazer tratamento dentário”, ocontou o pai. A família levou o caso à Corregedoria da Polícia Militar, mas, segundo Alfredo Périco, ele nunca foi procurado para falar sobre o assunto. O pai afirma ainda que depois da denúncia, receberam ameaças e, por isso, resolveram não prosseguir com a ocorrência. Dois anos após a ocorrência, a Corregedoria garante que esse caso também está sendo apurado e que deve pedir que o Ministério Público (MP) acompanhe as investigações.

Reprodução Cidade News Itaú via G1

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