quarta-feira, abril 09, 2014

Tayná não sofreu violência sexual, aponta necropsia

Tayná Adriane da Silva morreu na região metropolitana de Curitiba em junho do ano passado, aos 14 anosExame realizado no corpo de Tayná Adriane da Silva, morta na região metropolitana de Curitiba em junho do ano passado, aos 14 anos, mostra que a adolescente não sofreu violência sexual antes do assassinato. O resultado confirma o
laudo do Instituto de Criminalística realizado antes do sepultamento, que era alvo de críticas feitas pelo advogado e pela família da vítima.

Os restos mortais da vítima foram exumados em agosto passado a pedido da família e do MP (Ministério Público) do Paraná. O caso corre em segredo de Justiça. O resultado, entregue ao MP e à Polícia Civil, foi divulgado nesta quarta-feira (9) pelo jornal Gazeta do Povo. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná afirma que não comenta casos sob investigação. O MP ressalta estar impedido de divulgar informações por causa do segredo de Justiça.

O exame pretendia verificar se o corpo de Tayná apresentava sinais de agressão típicos de uma relação sexual forçada, como alguma lesão óssea. Na primeira autópsia, entretanto, os peritos encontraram vestígios de sêmen no corpo da vítima. Existem duas hipóteses para este indício: Tayná ter sido violentada sob ameaça e não ter reagido durante o ato ou ter tido relação consensual horas antes do crime.

O caso
Após ficar dois dias desaparecida, Tayná foi encontrada morta num terreno baldio em Colombo, região metropolitana de Curitiba, em 27 de junho do ano passado. Dias depois, a polícia prendeu quatro suspeitos, funcionários de um parque de diversões próximo ao local do crime, sob a acusação de terem estuprado e matado a garota.

O exame do DNA, no entanto, revelou que o sêmen em Tayná não era de nenhum dos quatro presos. Nesse meio tempo, o MP do Paraná apresentou denúncia de tortura feita por policiais da delegacia de Colombo. A repercussão levou à queda do então delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Marcus Vinicius Michelotto.

Os quatro funcionários do parque foram libertados. No decorrer da investigação, a polícia colheu amostras de DNA de outras pessoas, inclusive de policiais envolvidos no caso, mas nenhum novo suspeito chegou a ser detido.

A família de Tayná acredita que os funcionários do parque sejam os responsáveis pelo crime e havia pedido a exumação como contraprova. Com o primeiro laudo da criminalística apontando que a garota não havia sido estuprada, a polícia passou a adotar uma nova linha de investigação. Após libertados, os quatro acusados foram abrigados em um programa de proteção a testemunhas.

O inquérito já foi prorrogado seis vezes e atualmente está sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios de Curitiba.

Reprodução Cidade News Itaú via Uol

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