Emater RN discute sistema de gerenciamento de risco de desastres naturais no RN

A Emater-RN sediou nesta quarta-feira (12) a primeira reunião para discutir a implantação de um sistema de gerenciamento de risco de desastres naturais no Rio Grande

do Norte. O assunto foi tratado pelo consultor do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), José Maria Nogueira da Costa. O órgão faz parte do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

O monitoramento será possível através da implantação de estações agrometeorológicas (mais completas) e de estações com pluviômetros e sensores de umidade de solo no semiárido brasileiro. No caso do Rio Grande do Norte, estão previstas 27 plataformas, sendo quatro completas e 23 mais simples. Os equipamentos comporão a rede de coletas de dados, que serão transmitidos de forma automática via telefonia móvel para o Cemaden.

O sistema será importante para elaborar um monitoramento da seca e de sistemas de alerta, com o objetivo de aumentar a capacidade de resposta à sociedade quanto a esses eventos e diminuir a necessidade de intervenções do governo, quando acontecem desastres dessa natureza.

Participaram da reunião, além de técnicos da Emater-RN, representantes da Emparn e da Fetarn. As instituições ficaram responsáveis pelo mapeamento das áreas do semiárido potiguar que mais se encaixam no perfil técnico para receberem as estações.

Segundo o consultor do Cemaden, a expectativa é que as estações sejam implantadas ainda em 2014. Os recursos para aquisição dos equipamentos já estão assegurados pelo MCT. A primeira fase consistirá na aquisição das estações e sensores, posteriormente serão instalados os equipamentos e, por último, será desenvolvido o sistema de previsão de colapso de safras agrícolas para a agricultura de subsistência no semiárido.

Os equipamentos mais completos conseguem, por exemplo, medir o saldo de radiação solar, dando informações sobre o aquecimento do solo e do ar. Essa estação também verifica a umidade relativa do ar, precipitações pluviométricas, velocidade e direção dos ventos, entre outros detalhes. Todas as estações funcionam com painel solar.

A ideia é posicionar as estações em áreas de assentamento, onde predomine a agricultura familiar. Os equipamentos não necessitam de manuseio diário, apenas quando houver necessidade de manutenção. Devem ser instalados em locais seguros, cercados com arame ou telas, livres de animais e vandalismo.

Reprodução Cidade News Itaú