domingo, janeiro 12, 2014

Prédios antigos apresentam inadequações às normas de seguranças contra incêndio

Incêndio de grandes proporções destruiu loja no centro da cidadeO incêndio de grandes proporções no Comercial Egito, que ocorreu na semana passada, acendeu um alerta para a questão de segurança dos
prédios na prevenção de incêndios. Hoje, para que uma construção seja iniciada é preciso que ela obtenha a certidão “Habite-se”, que exige adequação a normas de segurança dos bombeiros, que incluem projeto de combate a incêndios. No entanto, nos prédios antigos do centro da cidade, que foram construídos quando o "Habite-se" não era exigido, existe um grande número de inadequações às normas de seguranças dos bombeiros.
Mossoró é uma cidade com mais de 170 anos e no centro da cidade há edifícios com mais de 50 anos que funcionam como estabelecimentos comerciais. Com corredores estreitos, fiação elétrica antiga, sem saídas de emergência e nem disposição de extintores e hidrantes. A estrutura destes prédios dificulta o trabalho de combate às chamas, como ocorreu no Comercial Egito, em que houve o chamado "rescaldo", reaparecimento de focos de incêndio, nos dois dias seguidos ao sinistro.
Dentre os prédios antigos sem certificação dos bombeiros contra incêndios está o Mercado Público Manoel Teobaldo dos Santos, o Mercado Público Central, apontado pelo tenente BM Daniel como sendo de grande perigo. "O mercado é uma verdadeira bomba, do jeito que está ali, se houver um incêndio vai ser muito difícil controlar", disse o tenente.
O presidente da Associação dos Comerciantes do Mercado Central (Acomec), Francisco Jorge de Albuquerque, afirma que já encaminhou dois ofícios à Prefeitura pedindo reformas no mercado e extintores para todas as bancas e corredores. "É complicado, eu já pensei até em recuar, desistir. Eu pensei que uma associação tinha força para exigir mudanças", disse Jorge Ivan. 
O presidente reclama também da falta de vistoria no prédio. "A vistoria dos bombeiros aqui foi feita há uns 15 anos. Desde então, não vieram mais. Isso é muito perigoso. Se no Egito era um botijão, aqui são 30". 
O administrador do Mercado Central, Urbano Paiva, diz que, hoje, não há sequer um extintor lá. "Nós tínhamos todos os extintores, dos três tipos, de pó químico, de água e de espuma, mas eles foram sendo retirados daqui pausadamente. Levavam para recarregar ou trocar e não voltavam mais. Por isso, há mais ou menos oito anos não tem mais extintores aqui". 
Urbano Paiva conta que, por coincidência, no dia do incêndio no Comercial Egito estava em reunião com o subsecretário do Trabalho, Turismo, Indústria e Comércio, Francisco Cipriano de Paula Segundo, fazendo requerimentos de materiais para o Mercado e que chegou a reafirmar a necessidade dos extintores.

Plano de Combate a Incêndios no Mercado Central e Cobal é encaminhado

Após o incêndio no Comercial Egito, a Prefeitura de Mossoró encaminhou ao Corpo de Bombeiros o Plano de Combate a Incêndios para o Mercado Público Municipal e para a Cobal. 
De acordo com o tenente BM Daniel, o plano havia sido solicitado pelos bombeiros há quase um ano, em fevereiro de 2013, quando a corporação notificou oficialmente as autoridades sobre a inadequação do Mercado às normas de seguranças da Corporação.
A equipe de reportagem do jornal O Mossoroense tentou entrar em contato com a prefeitura, para saber esclarecimentos sobre o Plano de Combate a Incêndios para o Mercado Público Central e para a Cobal. No entanto, não obteve êxito nas tentativas.

Reprodução Cidade News Itaú

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