quarta-feira, novembro 13, 2013

Diretor do Fla é conduzido à delegacia por suposto crime de desobediência

Polícia gávea flamengo (Foto: Gustavo Rotstein)A assessoria do Procon confirmou que o diretor executivo do Flamengo Marcelo Helman foi conduzido à Delegacia do Consumidor (Decon)
em Benfica. A fiscalização do órgão esteve na sede do clube, na Gávea, na manhã desta quarta-feira, em busca de documentos que foram solicitados e do presidente Eduardo Bandeira de Mello que, segundo as informações recebidas pelo Procon, está em São Paulo. O clube acionou sua segurança e, também de acordo com o Procon, tentou intimidar os agentes que, por sua vez, chamaram a Polícia Militar para conduzir o diretor responsável que estava presente. 
A assessoria do Flamengo informou que haverá entrevista coletiva no clube na tarde desta quarta e que deverá também emitir uma nota oficial nas próximas horas. Helman teria alegado, para não fornecer os documentos exigidos pela fiscalização, que tudo o que o Flamengo tinha a dizer e mostrar foi encaminhado ao órgão. A justificativa do clube para não comparecer à reunião com a secretária de estado de proteção ao consumidor, Cidinha Campos, na manhã desta quarta-feira não convenceu. 

O clube alegou que o prazo de 48 horas era muito curto e que seus representantes legais já tinham outros compromissos para a data. 
- Estamos pedindo na ação civil pública o bloqueio da parte da renda que cabe ao Flamengo para garantir a indenização de torcedores que tenham comprado ingresso com preço abusivo. E agora, na ação, eles terão de comprovar os motivos do aumento. Há má fé, porque estão fazendo essa cobrança antecipada já que o sucesso do jogo aqui, depende do jogo de lá. Deus me livre, porque sou flamenguista, mas imagina se perde por 3 a 0 lá? A procura seria muito menor. Estão vendendo antes para não correr esse risco. Aí está a má fé. Podem até ter um aumento, mas razoável. O Flamengo alegou que foi muito em cima, 48 horas, alegaram que já tinham outro compromisso. Quando recebe uma convocação de um juiz ou de um delegado, o seu compromisso você adia, porque gera pena. Aqui também. Querem nos derrotar por WO, não vão conseguir - completou a Secretária de defesa e proteção do consumidor.

carro PROCON deixando o Flamengo (Foto: Gustavo Rotstein)Carros do Procon deixam a Gávea depois de todo imbróglio (Foto: Gustavo Rotstein)
Em outra frente, o Procon enviou advogado ao Tribunal de Justiça na manhã desta quarta-feira para impetrar uma ação civil pública, já distribuída para a 1ª Vara Empresarial. O juiz será Luiz Roberto Ayub. A ação pede liminar para redução imediata dos ingressos, bloqueio da parte da renda da final da Copa do Brasil que cabe ao Flamengo para indenizar torcedores que tenham comprado com preço abusivo, e garantia ao sócio-torcedor desconto de 50% nas entradas - o clube mudou as regras para a decisão contra o Atlético-PR e baixou o desconto para 40%. 
O Flamengo apresentou sua defesa junto ao Procon com o seguinte texto:
"Inicialmente, em que pese o respeito à convocação ora referida e a atenção sempre dispensada pelo Flamengo a essa respeitada autarquia, diante do curto prazo, de apenas 48 horas, não foi possível, diante dos compromissos previamente assumidos pelos representantes legais do Flamengo, o atendimento presencial da convocação na data e horário indicados". 
"Quanto à fixação do preço do ingresso para a referida partida, necessário ressaltar desde logo que se trata de um evento privado, sujeito, portanto, aos princípios da livre iniciativa e da livre concorrência, estampados no artigo 170 da Constituição Federal de 1988. Não cabe, portanto, com todo o respeito possível, ao Estado a pretensão de tabelamento ou congelamento de preços, cuja estipulação é consequência direta do direito de livre iniciativa econômica, no presente caso, do mandante da partida". O clube cita ainda os preços dos ingressos para a partida da NBA na HSBC Arena e a alegação de uma pequena parcela da torcida pagar os preços de entradas inteira, o que segundo a resposta do clube aconteceu em todo o campeonato.
POLÊMICA
Toda polêmica começou quando o clube anunciou os preços dos ingressos para o jogo de volta da decisão da Copa do Brasil contra o Atlético-PR, dia 27, no Maracanã. Os valores variam entre R$ 250 e R$ 800 (para quem faz parte do programa sócio-torcedor há desconto de 40% sobre esses preços, com as entradas variando de R$ 150 a R$ 480).

Reprodução Cidade News Itaú

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