quarta-feira, setembro 18, 2013

Policial militar é indiciado por matar açougueiro em feira livre de Caicó, RN

Segundo a própria polícia, açougueiro foi morto com um tiro na cabeça (Foto: Sidney Silva)Réu confesso na morte de um açougueiro na cidade de Caicó, na região Oeste do Rio Grande do Norte, o policial militar José Pereira de Araújo, de 53 anos, foi indiciado pelos crimes de homicídio e porte ilegal de arma. A vítima, José Leandro Alexandre, de 27 anos, foi morto a tiro pelo PM no dia 21 de julho dentro de uma feira livre após uma briga. O inquérito foi concluído há duas semanas pelo delegado Igor Lopes, titular da Delegacia de Caicó, mas só pôde ser remetido à Justiça nesta quarta-feira (18) devido à greve da Polícia Civil.

O acusado estava preso no comando da Polícia Mlitar de Currais Novos, também na região Seridó, porém teve a prisão preventiva revogada pela Justiça e foi posto em liberdade. O advogado do PM, Síldilon Maia Thomaz do Nascimento, alega que o cabo Pereira agiu em legítima defesa. "No dia do fato o rapaz o agrediu duas vezes. Uma quando se encontraram pela primeira vez naquele dia, e outra quando Pereira tentava sair da feira livre", argumenta.

No entanto, o delegado Igor Lopes relata que nenhuma das testemunhas ouvidas falou sobre uma segunda discussão. "Também não foi encontrada nenhuma arma com o açougueiro", reforça. Quanto ao porte ilegal de arma, o delegado Lopes explica que recebeu um ofício da PM informando que o cabo estava impedido de portar arma de fogo por responder a processos disciplinares. "Com base no ofício deduzi que o porte era ilegal, já que ele admitiu o crime", diz o delegado. A arma do crime não foi apresentada pelo policial militar, que disse tê-la perdido após o crime.

Com um processo para aposentadoria em andamento, o policial estava na reserva, sem trabalhar na época do crime. Na revogação da prisão preventiva, a Justiça aplicou uma medida cautelar para que o policial não consumisse bebidas alcoólicas. De acordo com o major Walmary Costa, comandante da PM de Caicó, apesar da liberação, o cabo Pereira precisa se apresentar todos os dias ao quartel e precisa comunicar a Justiça caso queira sair da cidade.

Segundo o advogado Síldilon Maia o policial e o açougueiro se conheciam de quando o cabo Pereira trabalhava próximo à feira livre. "O rapaz costumeiramente dava trabalho à polícia", afirma. O açougueiro José Leandro deixou a esposa e três filhos.

Reprodução Cidade News Itaú

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