quarta-feira, setembro 11, 2013

Juiz suspende audiência de mãe acusada de matar bebê em Natal

Josenilde Lopes de Mendonça encontrada pela PM (Foto: Anderson Barbosa/G1)
A audiência de instrução e julgamento de Josenilde Lopes de Mendonça, de 36 anos, acusada de matar o próprio filho, um bebê de 8 meses durante o carnaval deste ano em Natal, foi suspenso e uma nova data marcada para que o juiz possa decidir se ela vai ou não sentar no banco dos réus. Na manhã desta quarta-feira (11), quando se esperava por esta decisão, o juiz Ricardo Procópio Bandeira de Melo, titular da 3ª Vara Criminal de Natal, se viu obrigado a dar por encerrada a audiência porque uma das duas testemunhas a serem ouvidas não compareceu ao Fórum Miguel Seabra Fagundes, na zona Sul da capital. Por este motivo, a ré sequer chegou a prestar depoimento.

Por fim, o magistrado agendou uma nova audiência de instrução e julgamento para as 9h do próximo dia 24, ocasião em que também será intimado a depor o médico legista Jerônimo Manoel de Mendonça Rolim, responsável pela perícia no corpo de Ramon Ramalho dos Reis. A criança foi encontrada morta no sábado de carnaval, dia 9 de fevereiro deste ano, no apartamento onde morava com a mãe, no bairro de Nova Descoberta. Segundo a polícia, o corpo do bebê estava sobre a cama da mãe, enrolado em um lençol, e tinha um grande hematoma no lado direito do rosto.
O laudo do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) aponta que a causa da morte do bebê foi traumatismo crânio-encefálico. De acordo com o delegado Sílvio Fernando, responsável pela investigação do caso, o traumatismo, provavelmente, foi causado por um soco.
Em depoimento à polícia à época de sua prisão, Josenilde admitiu que é usuária de drogas desde os 14 anos e que já foi internada 31 vezes para tratamento de dependência química em casas de recuperação em Fortaleza (CE), Recife (PE), João Pessoa (PB) e São Paulo (SP).
Em liberdade
Josenilde Lopes aguarda o julgamento em liberdade, segundo determinação do próprio juiz Ricardo Procópio. A decisão foi publicada no início desta semana, no site do Tribunal de Justiça. No dia 30 de julho, o magistrado havia expedido mandado de prisão contra a acusada após ter sido comunicado, pela mãe dela, que a filha não estava cumprindo a medida cautelar de submissão obrigatória a tratamento químico-toxicológico. No entanto, ainda segundo o juiz, a defesa da ré comprovou que Josenilde já havia iniciado o tratamento psiquiátrico e psicológico.

Ré confessa


Josenilde chegou a confessar que cometeu o crime à reportagem da Inter TV Cabugi na época em que foi presa. “Estou arrependida e espero o perdão de Deus”, disse ela. (Veja o vídeo ao lado). No entanto, a defesa da acusada nega que ela tenha matado o filho.
Audiência
Josenilde participou de sua primeira audiência de instrução na manhã do dia 2 de julho no Fórum Miguel Seabra Fagundes, no bairro de Lagoa Nova, na zona Sul de Natal. Na ocasião, além da própria ré, foram ouvidas sete testemunhas de acusação e seis de defesa. O juiz da 3ª Vara Criminal, Ricardo Procópio, que está responsável por dar o encaminhamento do processo, informou que será necessária uma nova audiência para ouvir todos os depoimentos. A nova audiência foi agendada para as 9h do dia 11 de setembro, também no Fórum Miguel Seabra Fagundes.

Entenda o caso

Bebê de oito meses, filho de Josenilde (Foto: Cedida/arquivo da família)Bebê de 8 meses foi encontrado morto no sábado
de carnaval (Foto: Arquivo pessoal)
O filho de Josenilde foi encontrado morto no sábado de carnaval, dia 9 de fevereiro deste ano, no apartamento onde morava com a mãe, no bairro de Nova Descoberta, zona Sul de Natal.
Segundo a polícia, o corpo do bebê estava em uma cama, enrolado em um lençol, e tinha um grande hematoma no lado direito do rosto.
O pai da criança, Ramon Ramalho, está em Limeira, no interior de São Paulo. Em entrevista ao G1, ele cobrou justiça para a morte do filho. "A droga e a negligência acabaram com a vida do meu filho", disse ele.
Ramon conheceu Josenilde em Limeira, em 2011, ocasião em que ela frequentava uma clínica de tratamento para dependentes de drogas. Assim que iniciaram o relacionamento, ela ficou grávida e os dois se mudaram para Natal, onde viveram juntos por pouco mais de um ano. "Sempre soube do vício. Até pensei que o fato de ficar grávida e de ter um filho faria com que ela deixasse as drogas, mas infelizmente isso não aconteceu", acrescentou o pai da criança.

Reprodução Cidade News Itaú

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