sexta-feira, agosto 23, 2013

Henrique Alves afirma que não tem como evitar rompimento do PMDB com Rosalba Ciarlini

O último elo está prestes a se romper: O presidente da Câmara Federal e presidente estadual do PMDB no Estado, Henrique Eduardo Alves, confirmou que o partido deve romper, nos próximos dias, com o Governo Rosalba Ciarlini, do DEM. A decisão é uma consequência da saída do secretário estadual de Trabalho e Assistência Social, Luiz Eduardo Carneiro, indicação política do ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, o que representaria o fim da presença peemedebista no primeiro escalação da administração estadual.

“O secretário Luiz Eduardo (Carneiro) declarou que vai antecipar a sua saída. Se isso acontecer é um fato importante, é um secretário indicado pelo ministro Garibaldi Filho, e vai ser uma sinalização muito clara da posição de Garibaldi e isso acontecendo eu não posso ficar numa posição isolada contrariando toda uma manifestação que o partido está tendo. Vamos acompanhar o que vai acontecer”, afirmou Henrique Alves em entrevista ao Jornal 96, hoje pela manhã, na rádio 96 FM.

Ressalta-se que a situação de insatisfação do secretário não é recente. Luiz Eduardo Carneiro afirmou aO Jornal de Hoje, diante da exigência de cortes ao orçamento das pastas determinada pela governadora Rosalba Ciarlini, teria que “cortar do osso”, porque já havia reduzido o que era possível do orçamento da pasta.

No início da semana, diante das declarações dos deputados estaduais do PMDB, Walter Alves e Hermano Morais, de que o partido deveria entregar os cargos, Luiz Eduardo Carneiro afirmou que a situação política ficaria insustentável e que ele precisaria conversar com Rosalba Ciarlini. A audiência deve ocorrer na segunda-feira, depois de um encontro com o ministro Garibaldi Filho, durante o final de semana.

Segundo Henrique Alves, dessa forma, a saída de Luiz Eduardo Carneiro confirmaria uma situação insustentável e não seria nem necessário esperar a pesquisa que ele realizaria em outubro para avaliar o rompimento. “Sinto isso (a opção pelo rompimento) dos prefeitos, dos vereadores, dos deputados estaduais, do ministro Garibaldi Filho. Então, chega uma hora que eu sozinho não posso arcar com essa responsabilidade de contrariar o que quer a base do PMDB”, explicou ele.

Henrique, no entanto, fez questão de ressaltar que sempre defendeu a continuidade do PMDB aliado ao Governo do Estado, unicamente, com o intuito de ajudar o Estado. “Todo o Rio Grande do Norte é testemunha do esforço que tenho feito para ajudar o governo Rosalba, ajudando o Estado. Eu não votei nela, todos sabem, eu votei em Iberê. Garibaldi que votou nela, mas depois como ele ganhou a eleição, como democrático e como ele ganhou a eleição, para compor e unir o PMDB, nos nós juntamos para participar e apoiar o Governo Rosalba”, relembrou, acrescentando que jamais teve cargos na gestão: “Cargos no Governo eu não tenho, não indiquei. É apenas a maneira de fazer as coisas fluírem com mais rapidez”.

Contudo, desde que ele passou a fazer parte do Governo, “as coisas pela forma como foram conduzidas e como foi conduzida a questão política e administra não têm correspondido às expectativas do PMDB. Fizemos aquela reunião lá atrás do Conselho Político, só se reuniu daquela vez, não se reuniu mais, o que é estranho, lamentável”.

Esse Conselho Político, vale lembrar, foi formado no início do ano passado e teve a participação de Henrique, Garibaldi, o presidente do DEM, José Agripino, o deputado federal, João Maia, e o ex-deputado estadual e marido de Rosalba, Carlos Augusto Rosado. “Fizemos algumas alterações (na participação do PMDB na gestão), algumas sugestões, mas eu confesso que o PMDB continua a manifestar uma insatisfação na maneira como está sendo conduzida pelo Governo”, acrescentou ele.
CRISE ADMINISTRATIVA

Além de não ter espaço no Governo e ter o objetivo de lançar candidatura própria no próximo ano, Henrique Eduardo Alves afirmou que outro ponto considerável foi a falta de capacidade da atual administração de acabar com a crise política. Segundo ele, todo o esforço está sendo feito para, em Brasília, conseguir viabilizar recursos para o Estado, porém, o Executivo não tem correspondido. “O governo Rosalba não consegue se organizar, se planejar para atender as demandas”, acrescentou.

É bem verdade que Henrique Alves reconheceu que os problemas não estão acontecendo somente aqui – justificativa bastante utilizada pelo Governo Rosalba Ciarlini para explicar a dificuldade financeira. Contudo, “aqui (a crise política) se agravou mais. Os outros não tinham, ficaram graves. O dela já tinha, ficaram mais graves ainda”, conforme analisou Henrique.

Reprodução Cidade News Itaú

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