segunda-feira, agosto 12, 2013

Garibaldi confirma reunião “para tomada de posição”do PMDB

O ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), confirmou hoje a realização de uma reunião de integrantes do PMDB este ano para “tomada de posição da legenda” em relação à aliança com o governo Rosalba Ciarlini (DEM). O encontro, agendado para o final do ano, também discutirá “a possibilidade de outras alianças” da legenda, com vistas a 2014.

Em entrevista ao Jornal de Hoje, Garibaldi explicou que essa “tomada de posição”, marcada para este segundo semestre, será a escolha entre permanecer aliado do governo Rosalba ou romper com o grupo político que atualmente administra o Estado.

A possibilidade de rompimento com o governo não constitui novidade no seio peemedebista, e a reunião estava inicialmente aprazada para março, mas foi cancelada pelo então recém-eleito presidente da Câmara, Henrique Alves, que temia o lançamento da sua candidatura ao governo do Estado.

“Trata-se daquela reunião, que não foi marcada ainda, para uma tomada de decisão, que será agora no final do ano. Poderá ser até em outubro, mas não tem data marcada. Eu sei que o deputado Henrique, que está numa correria maior que a minha, ficou a cargo de tratar deste assunto”, disse Garibaldi.

O ministro explicou que o encontro do PMDB discutirá a aliança com o governo, e mais: a possibilidade de outras alianças. “Seria aliança com o governo, como vamos entrar o ano eleitoral. Mas a questão mais importante seria essa (aliança com o governo), entre outras questões, que também serão abordadas”. Segundo ele, “não existe só a aliança com o governo, existe a possibilidade de outras alianças”, observou.

Na avaliação de Garibaldi, a discussão em torno da aliança com o governo Rosalba “está debaixo dessas interrogações todas já há algum tempo, e existe possibilidade de alianças com outros partidos”, disse, sem detalhar quais seriam essas alianças.

CRISE

Garibaldi esquivou-se de abordar a crise por que passa o Estado. Ele teme ser mal interpretado, ou acusado de quere usar politicamente a situação, que inegavelmente existe. “Não vou dizer novidade nenhuma. Se está aí, não precisa de análise de ninguém. É coisa já colocada pelos secretários do próprio governo, pela governadora, e o que tem que se discutir é ver a expectativa de cada um frente à crise”.

Para o ministro, “a crise realmente não pode deixar de ser reconhecida, porque os números não mentem. Contra números não há argumentos”. Contudo, ressaltou que “o estado de crise não deixa muito à vontade para fazer avaliações políticas, porque fica parecendo que se está querendo explorar a coisa em beneficio de um direcionamento político”.

O ministro prefere deixar o tema para a bancada do PMDB na Assembleia discutir, haja vista a maior proximidade com o problema. O líder da bancada do PMDB na casa é o deputado estadual Walter Alves. “Remeter a Walter, que é líder da bancada. Nenhuma instância partidária está mais perto dessa situação do que a bancada na Assembleia. A bancada tem lidado com isso recentemente, o secretário foi à Assembleia e à bancada”.

O ministro considerou ainda uma injustiça afirmar que os aliados do governo não se pronunciaram sobre a crise estadual. “Porque eu considero que a bancada tem toda a autoridade para falar pelo partido, este é um pensamento meu. Eu apenas não quero, com minha palavra, que fui governador, contribuir para agravar com manchete”.

PESQUISA

O presidente do PMDB, Henrique Alves, confirmou hoje que o partido irá realizar uma pesquisa de opinião para embasar a posição do PMDB para as eleições do ano que vem. “O PMDB sempre fez nos finais de ano pré-eleitoral para dar informação e orientação ao partido”. No entanto, o líder peemedebista não revelou data para a realização. “Sem data nem conversa preliminar ainda com instituto definido. Mas deverá ser em outubro”.

Para o ministro Garibaldi, entretanto, não há dúvida de que uma pesquisa deve ser realizada. No entanto, ele considera que apenas Henrique poderá falar sobre o tema. “Isso, só mesmo Henrique. Para ser feita, precisa ser paga, eu não vou me aventurar falar em pesquisa, porque é coisa cara, mas acho necessário que o partido faça. Uma coisa é necessidade, outra é autorização. Se perguntar que é necessário, eu acho que é. Se perguntar quando, vai depender do pagamento e não quero entrar nessa discussão”.

Reprodução Cidade News Itaú

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