quinta-feira, agosto 01, 2013

Bernard vai de herói a vilão, Atlético-MG perde para xará e tem série invicta quebrada

Atlético-MG1x2Atlético-PR

Uma semana após a conquista de seu maior importante título em 105 anos de vida, o Atlético-MG não conseguiu superar a ‘ressaca’ pela comemoração, que ainda não acabou, e perdeu para o Atlético-PR, por 2 a 1, na noite desta quarta-feira, no Independência. Bernard, que pode ter feito sua última partida pelo alvinegro, foi o personagem do jogo. Fez um gol aos 35 min, foi expulso por ter tirado sua camisa. Com um jogador a menos, o time paranaense virou com gols de Everton e Éderson, aos 40 e 42 minutos do segundo tempo e ganhou, por 2 a 1.

E com a virada em dois minutos, o Atlético-PR quebrou uma longa invencibilidade do seu xará mineiro como mandante e no Independência. Foi a primeira derrota atleticana no Horto, após a sua reabertura em abril do ano passado. Com o resultado, não manteve a máxima “caiu no Horto, tá morto”, idealizada por seus torcedores. Foi a segunda derrota seguida do Atlético, após a conquista da Libertadores, a primeira com o time titular. Dessa forma o time paranaense manteve o embalo, após a chegada de Vágner Mancini.

As atenções todas estavam voltadas para Bernard, pela incerteza sobre estar fazendo o seu último jogo pelo Atlético-MG, que acertou proposta de 25 milhões de euros para negociá-lo ao Shakhtar Donetsk. Apesar de o atleta estar receoso em aceitar atuar na Ucrânia, uma entrevista de Cuca, momentos antes de a bola rolar, deixou mais perto o adeus do jovem jogador. “A gente tem de entender, é a independência do menino, espero que ele possa jogar bem e se despedir em alto estilo”, afirmou o treinador.

Sem Ronaldinho Gaúcho, poupado por causa de uma gripe e substituído por Luan, o Atlético-MG entrou em campo disposto a mostrar que apesar de ainda estar comemorando o título da Libertadores tem condições de iniciar uma recuperação no Brasileiro. A presença da conquista internacional, uma semana atrás, no entanto, ainda é muito presente. Os jogadores foram recebidos na entrada em campo com os gritos “é campeão” e “o campeão voltou”.

Na volta do Atlético-MG ao Independência após a conquista do título da Libertadores teve até expulsão de gandula. Mateus foi punido por Paulo César de Oliveira, por ter jogado a bola nas mãos de Luan, aos 26 min do primeiro tempo, para propiciar uma reposição rápida ao Atlético. O árbitro mandou voltar a cobrança e pediu ao funcionário da Federação Mineira de Futebol para deixar a sua função.

O jogo começou bastante movimentado, com o Atlético-PR tentando mostrar que não veio ao Independência só para se defender. Tanto que logo no primeiro minuto atacou e conseguiu um escanteio. A resposta dos donos da casa, aconteceu aos 6 min, quando Diego Tardelli cruzou da direita e Josué bateu, mas a bola passou por cima do travessão. Quatro minutos depois, Bernard finalizou com perigo.

Sem Paulo Baier, seu principal jogador, o Atlético-MG se posicionou para explorar os contra-ataques, especialmente com Marcelo, em boas arrancadas. Em função da ausência de Ronaldinho, Diego Tardelli tentava atuar mais na criação das jogadas, com Bernard buscando os lances em velocidade, alternando-se pelos dois lados do campo.

Depois de um início com mais chances, o jogo ficou mais embolado e truncado. Na reta final do primeiro tempo,  o Atlético-PR ensaiou uma pressão. Aos 36 min, Elias acertou chute forte de perna esquerda e obrigou o goleiro Victor a fazer boa defesa. Logo depois disso, Jô se contundiu, após saltar para disputar bola de cabeça, e foi substituído por Alecsandro. A etapa iniciou acabou mesmo sem gols.

“Temos que errar menos passes. Precipitamos no toque de bola, precisamos caprichar mais ao dar o passe”, resumiu Júnior César, ao falar sobre a principal dificuldade do time mineiro nos 45 minutos iniciais. Já o zagueiro Manoel, considera que o Atlético-PR deu espaços ao Atlético-MG. “Está sobrecarregando o nosso meio, pois a equipe deles é rápida e forte”, disse.

O Atlético-MG voltou com o lateral direito Michel no lugar do volante Pierre. Dessa forma, segundo Cuca, Marcos Rocha passou a atuar como meia, numa tentativa de tornar a equipe mais ofensiva, com Luan e Tardelli abertos, com Bernard procurando armar as jogadas. A primeira finalização foi de Michel, com perigo. Logo depois Alecsandro bateu prensado por Léo e Weverton fez a defesa.

O ímpeto mineiro do início do segundo tempo não durou muito. Até a torcida atleticana mostrou uma certa ressaca, calando-se em alguns momentos do jogo. A partir dos 20 min, os torcedores acordaram e voltaram a cantar e gritar incentivando o seu time, que não se acertava em campo. Os dois times erravam muito, o que ajuda a explicar a dificuldade de levar perigo aos gols defendidos por Weverton e Victor.

Por jogar em casa, Cuca tentou ainda explorar a velocidade de Neto Berola, que na goleada sofrida pelos reservas atleticanos para o rival Cruzeiro, por 4 a 1, deixou o banco e foi para o vestiário antes do fim da partida. E Berola fez bela jogada e cruzou para o gol de Bernard, aos 35 min. Ele tirou sua camisa, para expor uma outra por baixo, mas como já tinha amarelo foi expulso. Foi carregado por Michel, saiu cercado por jornalistas, mas enquanto dava entrevistas viu o Atlético-PR empatar e virar o placar. O torcedor atleticano voltou a griar "Eu acredito", slogan que marcou o título da Libertadores, e viu Alecsandro mandar bola no travessão em um dos últimos lances. Mas, dessa vez, o alvinegro mineiro saiu derrotado.

Reprodução Cidade News Itaú

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