quarta-feira, junho 26, 2013

Rosalba apoia vinda de médicos estrangeiros, mas cobra estrutura

Rosalba Ciarlini rebateu críticas dos membros do Conselho Federal de Medicina e Federação Nacional dos Médicos (Foto: Ricardo Araújo/G1)A governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, é a favor da vinda de médicos estrangeiros para atender nos municípios do interior do estado. No entanto, de acordo com a governadora, a medida só é válida se forem oferecidas as devidas condições de trabalho aos profissionais.

"Sou a favor da vinda dos médicos de fora do país desde que se ofereça condições de trabalho para esses profissionais, pois como está atualmente não adianta trazer médicos de fora que não irá resolver", opina a governadora Rosalba Ciarlini.
A vinda dos médicos estrangeiros foi um dos assuntos abordados pela presidente Dilma Rousseff no pronunciamento de segunda-feira (24), quando foram anunciados cinco pactos nacionais. Para melhorar os serviços públicos de saúde, Dilma pediu aos governadores e prefeitos para "acelerar" os investimentos já contratados em hospitais, unidades de pronto-atendimento e unidades básicas de saúde e ampliar a adesão de hospitais filantrópicos ao programa do Ministério da Saúde que troca dívidas por mais atendimento.

A presidente disse que o governo quer incentivar a ida de médicos para as cidades que mais necessitam de atendimento de saúde, e, quando não houver brasileiros disponíveis, contratar médicos estrangeiros para trabalhar exclusivamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
O setor da saúde também foi beneficiado nesta terça-feira (25) com a aprovação do projeto de lei que destina 75% dos recursos dos royalties do petróleo à educação. A fatia de 25% restante ficou justamente com a saúde. A meta da presidente era destinar 100% dos recursos para a educação. Já a governadora Rosalba Ciarlini defendia a destinação de 50% da verba para a educação e outros 50% divididos entre segurança e saúde.

Sindicato é contra medida
O presidente do Sindicato dos Médicos, Geraldo Ferreira, informou que as entidades médicas estão em São Paulo para a elaboração de um calendário nacional de manifestações. “Nós estamos estimulando as manifestações estaduais, mas teremos também um calendário nacional”, disse.
Dentre as reivindicações da classe médica, Geraldo Ferreira ressaltou a realização de um concurso público nacional e a reforma das unidades de saúde “que hoje são ambientes de degradação”. Em relação à proposta da presidente Dilma Rousseff de trazer médicos de outros países para atuar no Sistema Único de Saúde (SUS), o presidente do Sinmed declarou que a entidade é contra a medida. “Não faz sentido trazer médicos de outros países, o Brasil tem médicos suficientes para atuar no país. Atualmente 16 mil médicos por ano são lançados no mercado de trabalho no país. No RN são 300 novos médicos por ano. O RN tem 167 municípios e não tem como absorver todos esses profissionais; é um grande equívocos do governo”.
Questionado sobre a ausência de médicos em municípios do interior do Rio Grande do Norte, Geraldo Ferreira afirmou que “no RN, 48 municípios não têm médicos porque o salário é baixo, as unidades não têm condições de trabalho e as prefeituras não têm condições de pagar o salário dos profissionais”.
“Também não é culpa das prefeituras porque fica parecendo que as prefeituras estão nadando em dinheiro e não é isso. Quem tem que pagar os médicos é o governo federal e é isso que nós defendemos: a realização de um concurso público para 6 mil médicos para atuar também nessas cidades do interior e que serão pagos pelo governo federal”, disse.

Reprodução Cidade News Itaú

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