sexta-feira, maio 24, 2013

Família de vítima de incêndio no RJ enfrenta dificuldade para liberar corpo


À direita, bombeiros se protegem do fogo atrás de um caminhão da corporação em Duque de Caxias (Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo)
Familiares de Gelson da Silva Correa, de 43 anos, funcionário do depósito que pegou fogo em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, passaram a manhã desta sexta-feira (24) no IML de Caxias aguardando a liberação do corpo da vítima. Como Gelson morreu com cerca de 90% do corpo queimado, houve dificuldade para fazer a identificação através das digitais. Segundo a Polícia Civil, responsável pelo Instituto Médico-Legal no Estado do Rio, por volta das 13h o corpo foi liberado como reconhecido, mas não identificado.

Em função disso, o atestado de óbito não terá o nome mas, segundo a Polícia Civil, o IML já recolheu material para realizar exame de DNA, que deve ficar pronto em 30 dias. Apenas quando o resultado estiver pronto, a família poderá retornar para obter a certidão de óbito com o nome de Gelson.
No final da manhã, em função da dificuldade para liberar o corpo, parentes da vítima foram ao fórum de Caxias tentar uma liminar do juiz para a liberação do corpo.  "Os amigos estão todos lá na casa dele em Piabetá (Magé) esperando o velório. Deixaram de trabalhar e eles não querem liberar o corpo. A esposa dele fez o reconhecimento, o filho também", afirmou Edeilda de Oliveira, cunhada de Gelson.

Jefferson de Oliveira, 21 anos, fez o reconhecimento do corpo do pai (Foto: Cristiane Cardoso/G1)

Mais cedo, o filho de Gelson disse que apesar das queimaduras, foi possível reconhecer o pai pelo rosto. "A fisionomia está normal. Ele está com 90% do corpo queimado, mas o rosto dele está intacto. Eu vi que era ele, minha mãe também. Mas eles dizem que como está sem digital que vão ter que fazer reconhecimento dentário ou exame de sangue", declarou Jefferson de Oliveira, de 21 anos, filho de Gelson. O funcionário do depósito de combustíveis também deixou uma filha de 6 anos, que é portadora de necessidades especiais.
Segundo Sergio Gomes, cunhado de Gelson, a família está muito abalada com tudo que aconteceu. "Esperamos fazer o enterro dele ainda hoje, mas tudo tem horário e é muita burocracia. A família vai só sofrendo mais a cada dia", completou Sergio.
"Os pais dele e a irmã não conseguem nem falar. A mãe dele está passando mal, minha esposa está lá com ela. Todo mundo sabia que o emprego dele era perigoso, mas ninguém esperava que isso pudesse acontecer", declarou. Ainda segundo Sergio, Gelson era um homem trabalhador, alegre e que vivia para a família.

Reprodução Cidade News Itaú

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