Mulher atropelada por ônibus tem morte cerebral: ‘Todos os órgãos serão doados’, diz mãe

A Secretaria municipal de Saúde informou que Tatiana Ferreira, de 29 anos, teve morte cerebral constatada por volta das 16h desta sexta-feira. A mulher, que foi atropelada por um ônibus em Quintino, na Zona Norte do Rio, na última quarta-feira, está sendo mantida viva apenas por aparelhos no Hospital Salgado Filho, no Méier. Ela já havia tido as duas pernas amputadas após o acidente e estava em coma induzido.

- Minha filha ainda está no hospital porque o coraçãozinho dela está batendo, mas ela já se foi. Fiquei sabendo e procurei os médicos para que todos os órgãos dela fossem doados. Vai ajudar outras pessoas. Graças a Deus meus netos estão vivos - afirmou Eliete Ferreira, de 54 anos, mãe de Tatiana.

Um dos quatro filhos de Tatiana, Wallace Ferreira, de 3 anos, também se feriu no acidente e está na mesma unidade hospitalar, com machucados no rosto. O menino perdeu quatro dentes. Já o bebê Helder, de 3 meses, que estava no colo da mãe, não se feriu. Tatiana tem outros dois filhos, de 5 e 9 anos.

A dona de casa Anna Paula Pinto Treggi, de 42 anos, também está entre as vítimas do atropelamento. Ela, que sofreu escoriações múltiplas e quebrou o braço direito, recebeu alta médica nesta sexta-feira e já está em casa.

O motorista da linha 685 (Irajá - Méier), da empresa Rubanil, será indiciado por lesão corporal dolosa (quando há intenção de ferir). Isso porque, segundo o delegado Geovan Omena, da 28ª DP (Campinho), ficou caracterizado que ele estava em alta velocidade. Se condenado, Hideraldo Nascimento Bispo pode pegar até 19 anos de prisão.

- Ele (o motorista) é um assassino. Ele matou a minha filha. Ele diz que é doente, mas se eu fosse doente não ia dirigir um ônibus. Ele diz que teve labirintite, então ficasse em casa - disse Eliete.

O acidente com o ônibus foi na tarde de quarta-feira. O veículo subiu numa mureta e atingiu um posto de gasolina na Rua Clarimundo de Melo, em Quintino, na Zona Norte do Rio. Além de Wallace, Tatiana estava com o filho mais novo, de 3 meses, no colo. O menino só não se feriu porque a mãe o largou quando viu o ônibus desgovernado.

Reprodução Cidade News Itaú